\n \n O governo brasileiro vai anunciar\n medidas de incentivos às exportações de manufaturados até março, adiantou nesta\n segunda-feira (2) o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento,\n Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira.\n \n “Teremos outras medidas de\n incentivo, principalmente para os manufaturados terem crescimento nas\n exportações brasileiras. Serão medidas que incentivem as exportações de\n produtos de média e alta tecnologia. É um momento importante. A gente acha que\n tem condições, em um momento de crise internacional, de entrar nos mercados”.\n \n O momento econômico de incertezas\n em relação à crise internacional fez com que o governo não divulgasse a meta de\n exportações de 2012. Segundo Teixeira, “ainda é difícil ter qualquer tipo de\n previsibilidade” no atual cenário. “Não vamos apresentar a meta agora, porque\n temos dificuldade de leitura do atual cenário, analistas divergem muito no\n crescimento. Existe total discrepância e descoordenação da meta a ser\n atingida”.\n \n O Banco Central prevê crescimento de\n 4,3%, chegando a US$ 267 bilhões os embarques externos neste ano. Já a\n Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) acha que haverá decréscimo de\n 7,4% nas exportações brasileiras, que devem somar US$ 237 bilhões, enquanto a\n Confederação Nacional da Indústria (CNI) calcula que as vendas internacionais\n atingiriam US$ 275 bilhões, em 2012. Os bancos privados estimam variação entre\n queda de 7% e alta de 5%.\n \n A previsão é que a meta\n consolidada do governo seja divulgada no primeiro trimestre deste ano. Em 2011, a meta de exportações\n foi US$ 257 bilhões. Mesmo sem fixar um valor, a expectativa é que a soma deste\n ano fique acima da atingida no ano passado. “No ponto de vista da indústria,\n 2012 vai ser um ano difícil, mas esperamos crescimento das exportações brasileiras\n e de superávit”, disse o secretário executivo.\n \n Entre os pontos negativos da crise\n internacional, Teixeira destacou o menor crescimento da China, escassez de\n crédito internacional e enxugamento da liquidez que refletem em desaquecimento\n da demanda. “Esse cenário pode colocar o crescimento das exportações\n brasileiras em situação difícil com o acirramento da concorrência\n internacional”.\n \n Para lidar com esse cenário, o\n secretário executivo ressaltou que a taxa de câmbio brasileira poderá ficar\n mais alta este ano. Além disse, ele observou que os preços dasnbsp;commoditiesnbsp;agrícolas estão “menos\n sujeitas a queda, devido a demanda aquecida por alimentos e estoques baixos”.\n Além disso, “as economias em desenvolvimento vão ter crescimento superior às\n desenvolvidas".\n \n \n \n