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ImprimirO Estado do Amapá já ultrapassa 10 dias sem energia elétrica após uma crise no abastecimento ocasionada por um incêndio em subestação. O problema eleva o questionamento sobre a manutenção e bom funcionamento do serviço elétrico no país. Engenheiro elétrico alerta que o apagão é improvável, mas não impossível de acontecer em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o professor e engenheiro elétrico João Onofre Pereira Pinto, a crise tem menos probidade de acontecer no Estado pela existência de várias linhas de transmissão, diferente da região nordeste do Brasil, que possuía apenas uma e uma pequena subestação que abastecia todo a região estadual.
“Em MS, por exemplo, em Campo Grande, temos de 3 a 4 fontes e linhas de transmissão que chegam em áreas diferentes. Caso ocorra algum acidente com uma linha que atende 100%, outra continua atendendo a demanda. Um apagão seria improvável, mas não impossível”, explica.
Ainda conforme o especialista, tudo depende da manutenção atualizada das redes, estações e subestações, o que pode ser o causador dos danos em Amapá, que também dividia usina e posições da rede elétrica com outros estados vizinhos, inclusive com a Venezuela.
“Nós temos uma capacidade de relação internada, que deveria ser decentralizada, dizem que com a chegada da geração termoelétrica, aumentaremos a capacidade, comparando a relação passada.” O que pode causar um apagão em MS?
Mesmo com pouca probabilidade, o que pode causar quedas na rede elétrica são os danos nas redes. No estado, as subestações são protegidas de descargas elétricas por para-raios, o que minimiza os impactos, principalmente dos temporais registrados nos últimos dias.
“Outro fator que pode preocupar é a falta de manutenção adequada nos equipamentos, como os transformadores. O vazamento de corrente elétrica pode causar incêndio e consequentemente causar um dano maior. Além do sobrecarregamento dos transformadores. Por exemplo, quando você coloca um recipiente muito quente na geladeira, o motor vai aumentar a capacidade de gelar, isso não acontece instantaneamente, mas o motor vai começar a apresentar danos”, orienta. Fiscalização
Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), por meio de monitoramento de indicadores, 1.418 linhas de transmissão e 409 subestações da Rede Básica são transmitidas.
A fiscalização da transmissão monitora continuamente os indicadores de desempenho das transmissoras, estabelecidos nos procedimentos de rede, e do desempenho dos equipamentos e linhas de transmissão do SIN (Sistema Interligado Nacional).
“Essa atividade segue um cronograma anual e, na modalidade técnica-comercial, avalia a manutenção dos equipamentos, a operação e o atendimento aos clientes. Se for constatada falha de planejamento, operação ou manutenção, as penalidades vão de advertência à multa de até 2% do faturamento anual da empresa”, informou em nota.