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ImprimirO Instituto Chico Mendes (ICMBio) concluiu a investigação sobre o incêndio que ocorreu na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia entre os dias 14 e 24 de junho, revelando que o fogo começou na margem da estrada ao lado de um comboio de veículos do Exército Brasileiro.
O incêndio, causado por um fogareiro e líquido inflamável utilizados para o preparo de alimentos durante um treinamento da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), resultou em danos a 311 hectares de vegetação nativa e a infraestruturas físicas, totalizando 312,5 hectares de área afetada.
O ICMBio embargou a área para permitir a regeneração da vegetação e aplicou uma multa administrativa de R$ 6.531.000,00 contra a AMAN. A investigação apontou que os militares detectaram rapidamente o início do incêndio e notificaram os funcionários da Parquetur, a empresa concessionária do parque, no Posto Marcão.
Inicialmente, ajudaram a combater o fogo junto à equipe do ICMBio do Parque Nacional do Itatiaia e, posteriormente, a AMAN enviou helicópteros e mais militares para contribuir com o controle do incêndio.
Diversas análises foram realizadas para a investigação, incluindo dados meteorológicos das estações instaladas no parque, imagens de câmeras de monitoramento, entrevistas com os envolvidos na detecção e controle do incêndio, além de vistorias na área impactada e mapeamento com drones.
O incêndio começou no dia 14 de junho, coincidentemente no aniversário de 87 anos do Parque Nacional do Itatiaia, por volta das 14h, próximo ao Morro do Couto e à portaria do Posto Marcão.
A área afetada, situada acima de 2.500 metros de altitude, tinha vegetação seca devido à escassez de chuvas nesta época do ano. As câmeras de monitoramento do parque registraram o início do incêndio.
A reportagem entrou em contato com o Exército e aguarda um posicionamento oficial sobre o incidente.