\n \n Pela\n primeira vez em Mato Grosso do Sul, uma comunidade quilombola recebeu o título\n definitivo de terra. O documento foi entregue, ontem (01), pelo Instituto de\n Colonização e Reforma Ágrária (Incra) à Comunidade Chácara Buriti, na BR-163, a\n 27 quilômetros de Campo Grande (MS). O documento beneficia 87 pessoas de 26\n famílias. O processo no Incra teve início há nbsp;oito anos.nbsp;\n \n \n \n A comunidade planta hortaliças. Parte da produção é\n usada na subsistência e outra parte é comercializada com a Conab, por meio do\n Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento\n Agrário (MDA). Cada produtor pode vender até R$ 4,5 mil por ano. A titulação\n expandiu a área usada pela comunidade de 30 hectares para quase 43 hectares.\n Ainda que boa parte seja área de preservação e não pode ser destinada ao\n plantio, nbsp;os moradores comemoraram a ampliação, que deve ajudar a aumentar\n a renda.nbsp;\n \n \n \n A bisneta de João Antonio da Silva, Lucineia de\n Jesus Domingos Gabilão, 27 anos, hoje líder da comunidade Chácara Buriti,\n contou que seu bisavô comprou a propriedade e cultivou o sonho de deixá-las\n para sua família. “É a realização de um sonho de gerações. A volta dessa terra\n para gente favorece os produtores. A terra é pequena, passou agora para 43\n hectares, mas metade da nossa área é reserva”, explicou.\n \n \n \n “Essa ampliação vai ajudar em muito nossos\n produtores. Vai aumentar a quantidade de verdura plantada e também pode\n aumentar o número de produtores”, comemorou. “Muitos trabalham fora e tem na\n produção de hortaliças um complemento da renda, porque cada produtor pode\n vender só R$ 4,5 mil por ano”.nbsp;\n \n \n \n \n