Geral
02/05/2012 09:00:00
Internos dos presídios de Paranaíba e Cassilândia confeccionam selarias para montaria
Peças que combinam a rusticidade da lida no campo à beleza do capricho empregado nos detalhes de cada corte, formas e colorações.
NoticiasMS/LD
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\n \n Peças que combinam\n a rusticidade da lida no campo à beleza do capricho empregado nos detalhes de\n cada corte, formas e colorações. Assim são as tralhas para montaria\n produzidas por reeducandos nos presídios de regime fechado de Paranaíba e\n Cassilândia, onde oficinas de selaria têm representado uma oportunidade para o\n aprendizado de um novo ofício, que poderá servir de base para a conquista de\n uma vida digna quando estiverem em liberdade.
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\n Os produtos ganham destaque pelo cuidado com que são feitos e a riqueza de\n detalhes. São selas, chicotes, arreios, cabeçadas, barrigueiras, laços, loros,\n travessões, chinchadores, pelegos, bacheiros, calças em couro para montaria,\n entre outros. Tudo feito de maneira artesanal. Em média,nbsp;dez internos\n participam da produção, somando as duas unidades. Pelo trabalho, além de serem\n remunerados, recebem remição de pena a cada três dias de serviço, um é\n diminuído no total da pena imposta.\n \n A selaria surgiu\n primeiro no Estabelecimento Penal de Paranaíba há cerca de oitos anos, quando a\n direção da unidade deu oportunidade a um dos reeducandosnbsp;de ensinar o\n ofício a outros companheiros de cárcere. A produção foi crescendo e passou a\n atender compradores não só da cidade, como também de municípios vizinhos como\n Costa Rica e Aparecida do Taboado. Já em Cassilândia, a selaria é bem mais\n recente, foi instalada há cerca de um ano e quatro meses, também de forma\n independente, por inciativa da própria administração da unidade prisional,\n atendendo apenas a encomendas.
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\n Tamanha a qualidade das peças nos dois presídios chamou a atenção de um\n empresário da região e hoje a confecção acontece por meio de parceria com uma\n selaria da cidade de Paranaíba, que fornece o material utilizado e remunera os\n internos. A parceria possibilitou que os reeducandos tenham um trabalho\n fixo.nbsp;\n \n Conforme o diretor\n do Estabelecimento Penal de Cassilândia, José Ronaldo da Silva, os critérios\n para seleção do trabalho são disciplina e aptidão. E os que já sabem vão\n ensinando os que estão começando, complementa.nbsp;
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\n O interno A. C. S., 27 anos, que está há quase três anos trabalhando na\n selaria, classifica sua ocupação na unidade prisional como uma grande\n oportunidade. O trabalho é tudo pra gente, é uma forma da gente se ocupar\n aqui dentro, remir a pena e ainda ganhar dinheiro para ajudar a família,\n ressalta.
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\n O diretor do presídio de Paranaíba, José Carlos Marques, acredita que a\n profissão aprendida no presídio poderá ser muito bem aproveitada também quando\n os reeducandos deixarem a prisão. É um serviço específico que pouca gente sabe\n fazer, não falta emprego, principalmente aqui no nosso Estado onde a pecuária é\n forte, comenta. \n \n Nos dois\n estabelecimentos penais, o trabalho na selaria se soma a atividades realizadas\n em outras oficinas laborais que também contribuem para reinserção social. Além\n disso, são oferecidos cursos profissionalizantes e educação formal pelo sistema\n de Educação de Jovens e Adultos (EJA).nbsp;\n \n \n \n \n
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\n Os produtos ganham destaque pelo cuidado com que são feitos e a riqueza de\n detalhes. São selas, chicotes, arreios, cabeçadas, barrigueiras, laços, loros,\n travessões, chinchadores, pelegos, bacheiros, calças em couro para montaria,\n entre outros. Tudo feito de maneira artesanal. Em média,nbsp;dez internos\n participam da produção, somando as duas unidades. Pelo trabalho, além de serem\n remunerados, recebem remição de pena a cada três dias de serviço, um é\n diminuído no total da pena imposta.\n \n A selaria surgiu\n primeiro no Estabelecimento Penal de Paranaíba há cerca de oitos anos, quando a\n direção da unidade deu oportunidade a um dos reeducandosnbsp;de ensinar o\n ofício a outros companheiros de cárcere. A produção foi crescendo e passou a\n atender compradores não só da cidade, como também de municípios vizinhos como\n Costa Rica e Aparecida do Taboado. Já em Cassilândia, a selaria é bem mais\n recente, foi instalada há cerca de um ano e quatro meses, também de forma\n independente, por inciativa da própria administração da unidade prisional,\n atendendo apenas a encomendas.
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\n Tamanha a qualidade das peças nos dois presídios chamou a atenção de um\n empresário da região e hoje a confecção acontece por meio de parceria com uma\n selaria da cidade de Paranaíba, que fornece o material utilizado e remunera os\n internos. A parceria possibilitou que os reeducandos tenham um trabalho\n fixo.nbsp;\n \n Conforme o diretor\n do Estabelecimento Penal de Cassilândia, José Ronaldo da Silva, os critérios\n para seleção do trabalho são disciplina e aptidão. E os que já sabem vão\n ensinando os que estão começando, complementa.nbsp;
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\n O interno A. C. S., 27 anos, que está há quase três anos trabalhando na\n selaria, classifica sua ocupação na unidade prisional como uma grande\n oportunidade. O trabalho é tudo pra gente, é uma forma da gente se ocupar\n aqui dentro, remir a pena e ainda ganhar dinheiro para ajudar a família,\n ressalta.
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\n O diretor do presídio de Paranaíba, José Carlos Marques, acredita que a\n profissão aprendida no presídio poderá ser muito bem aproveitada também quando\n os reeducandos deixarem a prisão. É um serviço específico que pouca gente sabe\n fazer, não falta emprego, principalmente aqui no nosso Estado onde a pecuária é\n forte, comenta. \n \n Nos dois\n estabelecimentos penais, o trabalho na selaria se soma a atividades realizadas\n em outras oficinas laborais que também contribuem para reinserção social. Além\n disso, são oferecidos cursos profissionalizantes e educação formal pelo sistema\n de Educação de Jovens e Adultos (EJA).nbsp;\n \n \n \n \n
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