\n \n Por volta das 17h20 dessa sexta-feira, 21 de setembro, o juiz\n Aluizio Pereira leu a sentença condenatória dos irmãos Eder Rampagne Castedo, o\n Corumbá, e Cristhian Rampagne Castedo, pelo duplo homicídio contra Claudia\n Araujo Mugnaini e Regina Bueno França. As duas foram encontradas mortas na\n manhã do dia 1º de dezembro de 2010, numa casa no bairro Tijuca, em Campo Grande. \n \n Por maioria de votos, os três homens e quatro mulheres que fizeram\n parte do júri popular consideraram Eder culpado pela acusação de ser o mandante\n do crime e Cristhian como executor. Os trabalhos de defesa, acusação e votação\n dos jurados durou mais de 9 horas. \n \n Cristhian Castedo teve pena maior que o irmão Corumbá. Ele foi condenado\n por duplo homicídio e teve agravante. Porém conseguiu redução de pena por ter\n confessado que assassinou Regina. Ele pegou 19 anos pelo homicídio de Regina\n outros 19 pelo de Claudia. Além disso, foram acrescentados mais dois anos por\n ter furtado um aparelho de som, um DVD e ainda um monitor de computador da\n vítima Claudia. A somatória de pena chegou a 39 anos quatro meses e 65 dias\n multa. \n \n Eder Castedo, o Corumbá, não confessou ser o mandante dos\n homicídios e com isto não teve pena reduzida. Ele foi condenado igualmente a 19\n anos por cada um dos homicídios, o que somou 38 anos de pena. \n \n O juiz Aluizio Pereira explicou que, de fato, cada um vai cumprir\n na verdade média de 15 anos de regime fechado e depois ganham o direito ao\n regime semiaberto por estas condenações. \n \n Nessa sexta-feira era para acontecer o julgamento de Weber de\n Souza Barreto, apontado como a pessoa que lvou Cristhian até a casa de Claudia\n para executar os crimes,nbsp;mas a defesa pediu que fosse noutra oportunidade\n alegando que seu cliente é inocente e poderia ser prejudicando ao sentar no\n mesmo banco dos réus Eder e Cristhian. O júri dele ainda não foi remarcado. \n \n Durante a defesa de Cristhian, o advogado disse que ele, pela\n primeira vez, assumiu que estava arrependido de ter executado Regina. Além\n disso, afirma que não foi o executor de Claudia, mas que poderia ter sido\n Weber. O advogado ressaltou que Cristhian estava fora de sí quando cometeu o\n assassinato de Regina. Os irmãos Castedo foram defendidos pelos advogados\n Carlos Olinto e Amilton Ferreira. O promotor foi Humberto Lapa Ferro. \n \n O caso \n \n Os corpos de Regina e Cláudia foram achados em cômodos diferentes\n da casa de Cláudia, no Tijuca. Elas estavam com fios de energia enrolados em\n seus pescoços. De acordo com a polícia, as duas mulheres foram mortas porque\n uma delas, Regina, teria “dedurado” Éder Rampagne Castedo, 30, conhecido como\n Corumbá, que estava preso. Éder estava evadido há 17 dias da Colônia Penal\n Gameleira, por crime de roubo a mão armada. \n \n Regina, segundo a apuração policial, teria revelado o paradeiro\n dele à polícia. Daí, Corumbá foi recapturado. \n \n Depois surgiu o envolvimento de Lorraine Rorys Silva, a Lola,\n esteticista, que seria amiga de Cláudia, a cabeleireira. Lola era namorada de\n Corumbá e teria ficado sabendo que ele havia sido entregue à polícia por\n Regina. \n \n A irmã de Eder e Cristhian, Nerciana Rampagne Castedo, veio de\n Corumbá para acompanhar o júri dos irmãos. Ela disse à reportagem que todo o\n crime foi arquitetado por Lola que ao ser dispensada por Corumbá armou o crime\n para incriminá-lo. Lorraine também esteve acompanhando o julgamento nessa\n sexta-feira. Ela foi impronunciada no caso, ou seja, excluída do processo.