CGN/LD
ImprimirExame necroscópico detalhado entregue só depois da conclusão da investigação e oferecimento da denúncia contra trio acusado de matar o jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19, mostra que o crime foi mais cruel do que se imaginava. A vítima não morreu com o tiro que levou na cabeça, ainda na casa da ex-namorada, Rubia Joice de Oliver Luivisetto, de 22 anos, mas por hemorragia, provocada pelas 25 facadas (ao menos) encontradas nas partes do corpo localizadas no Rio Iguatemi.
O laudo – assinado por 3 médicos legistas do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Amambai, no dia 30 de agosto do ano passado – diz que Skulny morreu “em virtude de hemorragia aguda por ação perfuro cortante”. Além disso, uma das costelas do atleta foi quebrada – o exame não detalha em que momento.
O corpo foi esquartejado após a morte e nem todas as partes foram encontradas, mas ferimentos foram encontrados no tórax, região pélvica, antebraço direito e até em uma das pernas.
Culpa –Tudo aconteceu na madrugada de 25 de junho de 2023, em Sete Quedas. Rubia alega que o jogador teria invadido o quarto dela, depois de ver que ex-namorada foi embora de uma festa com Danilo, em Pindoty Porá, cidade paraguaia.
Em audiências à Justiça, Danilo Alves confessou ter matado e esquartejado Hugo Skulny, mas alegou que agiu para defender Rubia durante a briga, na casa da jovem. Também disse que andava armado por segurança e que é hábito comum na fronteira.
O rapaz também acusou o amigo de Rubia, Cleiton Torres Vobeto, 22, conhecido como “Maninho”, dizendo que foi ideia dele o esquartejamento, depois que tentaram jogar o corpo no rio e perceberam que ele não afundaria.
Rubia Joice nega que tenha participação ativa no crime, dizendo que somente limpou o sangue da casa, sendo ameaçada por Danilo se o denunciasse. “Maninho” também alega ter agido sob ameaça. Foi o depoimento dele que levou a polícia ao local onde o corpo foi esquartejado.
A ré voltou para a prisão na semana passada e Danilo Alves continua preso.