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18/01/2012 09:33:17
Jovem de 15 anos entra na Justiça para fazer matrícula na UFMS
A estudante Aline Gabriela Barbosa Perez, de 15 anos, prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010, enquanto cursava o segundo ano do ensino médio, e ficou entre os aprovados para o curso de zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Depois da divulgação do resultado,

G1/LD

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\n \n A\n estudante Aline Gabriela Barbosa Perez, de 15 anos, prestou o Exame Nacional do\n Ensino Médio (Enem) em 2010, enquanto cursava o segundo ano do ensino médio, e\n ficou entre os aprovados para o curso de zootecnia da Universidade Federal de Mato\n Grosso do Sul (UFMS). Depois da divulgação do resultado, ela entrou com pedido\n na Justiça para fazer a matrícula mesmo sem ter o certificado de conclusão dos\n estudos, que é exigência para ingresso na faculdade.\n \n “Não que\n eu descarte a possibilidade de dar errado, mas eu acho que tem que ter\n pensamento positivo. Se não tiver, de que adianta?”, disse a jovem ao G1.\n \n Aline,\n que diz sempre ter estudado em escola pública, prestou o Enem pela primeira vez\n em 2010 como teste. Ela conta que, como na época havia terminado o primeiro\n ano, preferiu não fazer o cadastro no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que\n faz a seleção dos candidatos para as vagas nas universidades.\n \n “Eu\n teria que fazer [o Enem] no futuro e eu queria saber como que era. Não fiz com\n o objetivo de entrar na faculdade”, explica a estudante.\n \n Depois\n de mais um ano de estudos e prestes a começar a última série do ensino médio,\n Aline decidiu prestar o Enem novamente, só que desta vez arriscou fazer a\n inscrição para zootecnia. Com nota de 665,57 ela passou para o primeiro curso\n escolhido.\n \n “Então\n foi aquele momento “e agora?” Eu tinha ideia de fazer, mas eu precisava ouvir o\n que todo mundo da minha família pensava e todos me apoiaram". A estudante\n decidiu procurar a Defensoria Pública.\n \n Aline\n espera resposta da Justiça até o fim do prazo para fazer a matrícula na UFMS,\n que será na quinta-feira (19) e sexta-feira (20).\n \n “Se\n não der certo vou me dedicar. Eu tenho que pegar mais firme, estudar tanto\n quanto, mas com aquela coisa na cabeça: eu podia estar na faculdade, era para\n ser meu primeiro ano na faculdade”, afirma a jovem.\n \n Aline\n diz que está preparada cursar a faculdade. “O terceiro ano é uma preparação\n para a faculdade. Quem se dedicou mais na escola consegue sem terceiro ano. Se\n o aluno obteve uma boa nota do Enem, o conhecimento que ele tem é equivalente\n ao que ele teria no terceiro ano”, afirma Aline.\n \n Caso\n semelhante
\n O defensor público que entrou com o mandado de segurança para a jovem, Marcello\n Moraes Salles, acredita que a decisão deve sair logo. Segundo ele, o caso de\n outra estudante que obteve autorização da Justiça para fazer medicina na UFMS\n serve de exemplo para o caso de Aline.\n \n “Em\n dezembro houve uma situação semelhante e o TJ foi favorável ao estudante. Por\n isso, eu acredito que a decisão venha no prazo e que até quinta-feira (19)\n tenha saído”, disse o defensor.\n \n A lei
\n Na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) consta que a conclusão do ensino médio é\n obrigatória para o ingresso na universidade. O artigo 44 afirma que a educação\n superior abrange cursos de graduação "abertos a candidatos que tenham\n concluído o Ensino Médio ou equivalente e que tenham sido classificados em\n processo seletivo".\n \n O\n Projeto de Lei 6834/10, do deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), está em\n tramitação na Câmara solicitando mudança na LDB. O projeto autoriza a matrícula\n em universidade aos estudantes que passaram no vestibular tendo concluído\n apenas o segundo ano do ensino médio.\n \n \n \n
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