Na primeira audiência, realizada hoje \n (21), no Fórum de Campo Grande, sobre o assassinato do delegado \n aposentado Paulo Magalhães, morto no dia 25 de junho deste ano, 20 \n testemunhas de acusação, arroladas pelo MPE (Ministério Público \n Estadual), deverão prestar depoimento. A audiência, que teve início às 8\n horas, deve se estender por todo o dia.Um guarda municipal de 26\n anos que trabalhava com o acusado José Moreira Freires, 40 anos, que \n está preso, mas nega o crime, será uma das testemunhas de acusação.nbsp;Ele\n afirmou que no dia do assassinato estava de plantão no trabalho e, à \n época da prisão de Freires, a polícia encontrou em sua casa um livro de \n ocorrências da Guarda Municipal.A testemunha acredita que \n por causa do livro tenha sido chamado para prestar depoimento. “Como eu \n estava de plantão no dia, acabei sendo chamado”, explicou.nbsp;O acusado e a testemunha trabalhavam juntos em uma escola agrícola. “Para todo mundo na escola é choque”, finalizou.Além de Freires, o segurança Antônio Benitez Cristaldo, 37 anos, também foi preso acusado de executar o delegado.nbsp;O\n advogado de defesa do guarda municipal José Freires, Rêne Siufi, \n afirmou que até o momento não existem provas “concretas” que incriminem \n seu cliente.
Para Siufi, a polícia seguiu apenas uma\n linha de acusação e não existem provas suficientes para incriminar os \n acusados. “Existem 500 carros similares e 2 mil motos similares na \n cidade. Quero ver a placa. Não tenho nenhuma prova concreta”.Siufi disse ainda que Freires tem um álibi que será usado no momento certo.Ele\n não soube dizer se Freires estaria presente na audiência, já que quem \n solicita a presença é o juiz responsável pelo caso. Renê já solicitou um\n Habeas Corpus para o guarda municipal, mas não houve manifestação da \n Justiça até o momento.No dia 12 de dezembro acontecerá a segunda \n audiência do caso e desta vez será a defesa de Benitez. No dia 18 haverá\n audiência de defesa do guarda municipal.
Morte - Paulo Magalhães foi\n assassinado no dia 25 de julho deste ano. O delegado aposentado morreu \n quando buscava a filha na escola, no bairro Jardim dos Estados. Ele foi \n atingido por cinco dos seis tiros de uma arma de calibre nove \n milímetros, de uso restrito do Exército.Entre várias acusações, o\n delegado chegou a publicar o livro “Conspiração Federal”, no qual \n denunciava a instalação de câmeras clandestinas no presídio federal.Ele\n também encaminhou dossiê denunciando magistrados ao Conselho Nacional \n de Justiça (CNJ). Também ingressou com várias ações na Justiça \n denunciando desvio de recursos públicos.