Geral
20/02/2013 07:28:41
Julgamento de Gil Rugai entra em seu terceiro dia nesta quarta-feira
O julgamento de Gil Rugai deve entrar em seu terceiro dia nesta quarta-feira (20), no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.
G1/LD
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\n \n O\n julgamento de Gil Rugai deve entrar em seu terceiro dia nesta quarta-feira\n (20), no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. O recomeço\n dos trabalhos está previsto para as 9h30. Neste terceiro dia, o júri vai\n continuar a ouvir as testemunhas arroladas pela defesa do réu, acusado de\n assassinar o pai, Luis Rugai, e a mulher dele, Alessandra Troitini, em março de\n 2004.\n \n Nesta\n terça-feira (19), o júri encerrou-se por volta das 21h30. Ao término deste\n segundo dia de julgamento, tanto acusação quanto a defesa de Gil Rugai deixaram\n o Fórum da Barra Funda comemorando os depoimentos prestados pelas testemunhas,\n duas de acusação e uma de defesa, nesta terça-feira.\n \n No\n entender do promotor Rogério Leão Zagallo, os depoimentos do advogado Thiago\n Anastacio e do delegado Rodolfo Chiarelli, que presidiu o inquérito sobre o\n crime, contribuíram para apontar Gil Rugai como o autor dos assassinatos.\n \n A\n acusação sai hoje (terça-feira) extremamente feliz, uma vez que a primeira\n testemunha disse uma série de relações entre a vítima e o seu pai. E o delegado\n deixou claro que não havia nenhuma outra hipótese, possibilidade, de alguém, a\n não ser Gil Rugai, ter matado aquelas pessoas. Não existiu nenhum outro caminho\n que a investigação pudesse ter trilhado naquele momento" afirmou. A\n motivação para o crime, segundo o promotor, "foi a descoberta dos\n desfalquesnbsp; dos cheques que o Gil Rugai andava aplicando na empresa"\n do pai dele.\n \n A\n defesa, por sua vez, afirmou que a polícia "só viu um lado". "A\n polícia só sabe dar explicações considerando Gil Rugai como suspeito. Quando se\n começa a se perguntar sobre outras possibilidades, não há explicação nenhuma,\n afirmou o advogado Marcelo Feller. Para ele, os depoimentos foram favoráveis ao\n réu.\n \n A\n avaliação é excelente pela defesa. Acabaram de ser ouvidas todas as testemunhas\n de acusação. Por incrível que pareça, absolutamente todas elas favoreceram mais\n a defesa do que a acusação. Todas as falhas, todas as linhas que deixaram de\n ser investigadas, cada suspeito que deveria ter sido investigado e não foi,\n concluiu.\n \n Delegado
\n O depoimento mais longo dia foi o do delegado Rodolfo Chiarelli, que investigou\n o crime: começou às 13h30 e terminou às 19h15. Os advogados buscaram ressaltar\n que o policial não investigou pontos importantes do caso e não solicitou\n documentos que seriam importantes para elucidar a causa dos assassinatos. Todas\n as provas incriminam o Gil Rugai, afirmou Rodolfo Chiarelli.\n \n O promotor\n Rogério Leão Zagallo se irritou com a forma como os dois advogados se dirigiam\n ao delegado e discutiu com os defensores. Este foi o segundo bate boca\n acalorado no dia.
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\n Durante os questionamentos da defesa ao instrutor de voo Alberto Bazaia Neto, o\n promotor Rogério Leão Zagallo protestou, dizendo que a defesa estava insinuando\n que a família de Bazaia estava envolvida com o tráfico de drogas das Farc,\n grupo de guerrilheiros colombianos. Houve discussão entre advogados de defesa e\n de acusação. "Nojento, Nojento", bradou o advogado Ubirajara Mangini,\n assistente da acusação, para Thiago Anastácio, defensor de Gil Rugai.\n "Nojento é o senhor", respondeu Anastácio.\n \n Perito
\n O último a ser ouvido nesta terça-feira foi o perito criminal Alberi Espindola.\n Convidado pelos advogados do réu, ele foi a primeira testemunha arrolada pela\n defesa. Por cerca de uma hora e meia, Espindola contestou o Instituto de\n Criminalística, apontando supostas falhas no procedimento dos peritos no caso.\n \n Para o\n perito, por exemplo, a polícia tinha condições de recuperar as gravações de um\n sistema de segurança de um shopping no qual Gil Rugai teria ido no dia e na\n hora do crime. As imagens, que foram apagadas, serviriam de álibi para o réu.\n "Mesmo naquela época, seria possível recuperar essas imagens", afirmou.\n \n Tráfico
\n Pela manhã, após o depoimento do instrutor de voo, os advogados de defesa de\n Gil Rugai reclamaram do fato de a polícia não ter apurado com afinco uma\n possível ligação do tráfico de drogas com o crime.
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\n O advogado Thiago Anastácio afirmou que Luis Rugai fazia aulas de voo em um\n aeródromo em Itu, no interior paulista, e que o local é ponto de entradas de\n drogas no Brasil. Luis fazia filmagens da aula e, consequentemente, do local\n onde ocorreria o tráfico de drogas.\n \n O promotor\n Rogério Leão Zagallo aproveitou o tema levantado pela defesa para questionar o\n policial sobre outras hipóteses na época do crime. Chiarelli respondeu que\n ninguém, entre os familiares de Gil ouvidos, apontou à época outra pessoa ou\n causa que indicassem outra linha de investigação para o crime.\n \n O crime ocorreu\n em março de 2004. Durante as investigações, a polícia apontou apenas Gil Rugai\n como suspeito. Antes dos dois dias do julgamento, o réu negou ter sido o autor\n do duplo homicídio.\n \n O advogado\n de defesa Macelo Feller também reforçou a hipótese de envolvimento de\n traficantes no crime e pediu investigações.
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\n "Acredito que existem coisas importantes que aconteceram na época, como o\n próprio fato de ter tido aulas de voos em lugar bastante suspeito, um lugar que\n é citado pela CPI do Narcotráfico como um ponto de chegada e saída de drogas do\n Cartel de Cáli, o que causou espantos. Membros do Gaeco há anos têm essa\n informação", disse.
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\n O julgamento
\n Desde segunda até a noite desta terça-feira, foram ouvidas as cinco testemunhas\n de acusação e uma de defesa. A previsão do juiz Adilson Paukoski Simoni é que o\n julgamento termine até sexta-feira (22).\n \n Caberá a\n sete jurados cinco homens e duas mulheres, escolhidos por sorteio -\n decidirem, a partir das provas da acusação e da defesa, se Gil Rugai matou ou\n não pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta Alessandra de Fátima Troitino. Além do\n homicídio, o réu também é acusado de estelionato.\n \n O réu, que\n atualmente tem 29 anos de idade, responde ao processo em liberdade, mas já\n chegou a ficar preso por dois anos.\n \n Crime
\n O casal foi morto com 11 tiros na residência em que morava na Rua Atibaia, em\n Perdizes, na Zona Oeste da cidade. No mesmo processo pelo homicídio, Gil Rugai\n responde ainda a acusação de ter dado um desfalque de mais de R$ 25 mil, em\n valores da época, à empresa do pai. Razão pela qual havia sido expulso do\n imóvel cinco dias antes do crime. Ele cuidava da contabilidade da Referência\n Filmes.\n \n Contra o\n réu, a Promotoria diz ter como provas: a arma do crime, achada no prédio onde\n Gil Rugai mantinha um escritório e uma pegada na porta da casa das vítimas que\n foi arrombada pelo assassino. Quem acusa é o promotor do caso, Rogério Leão\n Zagallo.\n \n \n \n \n
\n O depoimento mais longo dia foi o do delegado Rodolfo Chiarelli, que investigou\n o crime: começou às 13h30 e terminou às 19h15. Os advogados buscaram ressaltar\n que o policial não investigou pontos importantes do caso e não solicitou\n documentos que seriam importantes para elucidar a causa dos assassinatos. Todas\n as provas incriminam o Gil Rugai, afirmou Rodolfo Chiarelli.\n \n O promotor\n Rogério Leão Zagallo se irritou com a forma como os dois advogados se dirigiam\n ao delegado e discutiu com os defensores. Este foi o segundo bate boca\n acalorado no dia.
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\n Durante os questionamentos da defesa ao instrutor de voo Alberto Bazaia Neto, o\n promotor Rogério Leão Zagallo protestou, dizendo que a defesa estava insinuando\n que a família de Bazaia estava envolvida com o tráfico de drogas das Farc,\n grupo de guerrilheiros colombianos. Houve discussão entre advogados de defesa e\n de acusação. "Nojento, Nojento", bradou o advogado Ubirajara Mangini,\n assistente da acusação, para Thiago Anastácio, defensor de Gil Rugai.\n "Nojento é o senhor", respondeu Anastácio.\n \n Perito
\n O último a ser ouvido nesta terça-feira foi o perito criminal Alberi Espindola.\n Convidado pelos advogados do réu, ele foi a primeira testemunha arrolada pela\n defesa. Por cerca de uma hora e meia, Espindola contestou o Instituto de\n Criminalística, apontando supostas falhas no procedimento dos peritos no caso.\n \n Para o\n perito, por exemplo, a polícia tinha condições de recuperar as gravações de um\n sistema de segurança de um shopping no qual Gil Rugai teria ido no dia e na\n hora do crime. As imagens, que foram apagadas, serviriam de álibi para o réu.\n "Mesmo naquela época, seria possível recuperar essas imagens", afirmou.\n \n Tráfico
\n Pela manhã, após o depoimento do instrutor de voo, os advogados de defesa de\n Gil Rugai reclamaram do fato de a polícia não ter apurado com afinco uma\n possível ligação do tráfico de drogas com o crime.
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\n O advogado Thiago Anastácio afirmou que Luis Rugai fazia aulas de voo em um\n aeródromo em Itu, no interior paulista, e que o local é ponto de entradas de\n drogas no Brasil. Luis fazia filmagens da aula e, consequentemente, do local\n onde ocorreria o tráfico de drogas.\n \n O promotor\n Rogério Leão Zagallo aproveitou o tema levantado pela defesa para questionar o\n policial sobre outras hipóteses na época do crime. Chiarelli respondeu que\n ninguém, entre os familiares de Gil ouvidos, apontou à época outra pessoa ou\n causa que indicassem outra linha de investigação para o crime.\n \n O crime ocorreu\n em março de 2004. Durante as investigações, a polícia apontou apenas Gil Rugai\n como suspeito. Antes dos dois dias do julgamento, o réu negou ter sido o autor\n do duplo homicídio.\n \n O advogado\n de defesa Macelo Feller também reforçou a hipótese de envolvimento de\n traficantes no crime e pediu investigações.
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\n "Acredito que existem coisas importantes que aconteceram na época, como o\n próprio fato de ter tido aulas de voos em lugar bastante suspeito, um lugar que\n é citado pela CPI do Narcotráfico como um ponto de chegada e saída de drogas do\n Cartel de Cáli, o que causou espantos. Membros do Gaeco há anos têm essa\n informação", disse.
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\n O julgamento
\n Desde segunda até a noite desta terça-feira, foram ouvidas as cinco testemunhas\n de acusação e uma de defesa. A previsão do juiz Adilson Paukoski Simoni é que o\n julgamento termine até sexta-feira (22).\n \n Caberá a\n sete jurados cinco homens e duas mulheres, escolhidos por sorteio -\n decidirem, a partir das provas da acusação e da defesa, se Gil Rugai matou ou\n não pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta Alessandra de Fátima Troitino. Além do\n homicídio, o réu também é acusado de estelionato.\n \n O réu, que\n atualmente tem 29 anos de idade, responde ao processo em liberdade, mas já\n chegou a ficar preso por dois anos.\n \n Crime
\n O casal foi morto com 11 tiros na residência em que morava na Rua Atibaia, em\n Perdizes, na Zona Oeste da cidade. No mesmo processo pelo homicídio, Gil Rugai\n responde ainda a acusação de ter dado um desfalque de mais de R$ 25 mil, em\n valores da época, à empresa do pai. Razão pela qual havia sido expulso do\n imóvel cinco dias antes do crime. Ele cuidava da contabilidade da Referência\n Filmes.\n \n Contra o\n réu, a Promotoria diz ter como provas: a arma do crime, achada no prédio onde\n Gil Rugai mantinha um escritório e uma pegada na porta da casa das vítimas que\n foi arrombada pelo assassino. Quem acusa é o promotor do caso, Rogério Leão\n Zagallo.\n \n \n \n \n
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