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18/10/2013 07:48:38
Justiça manda libertar 23 presos após protestos no Centro do Rio
Vinte e três dos 64 acusados de atos de vandalismo, enquadrados na Lei do Crime Organizado, foram liberados pela Justiça por não oferecerem perigo à sociedade.

G1/LD

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Vinte e\n três dos 64 acusados de atos de vandalismo, enquadrados na Lei do Crime\n Organizado, foram liberados pela Justiça por não oferecerem perigo à sociedade.\n O juízo da 21ª Vara Criminal acolheu os argumentos da Defensoria Pública,\n também aceitos pelo Ministério Público, de que Renato Tomaz de Aquino e Ciro\n Oiticica poderiam responder pelas acusações em liberdade porque os dois têm\n domicílio certo, não têm antecedentes criminais e, além disso, o primeiro\n acusado trabalha, e o segundo é estudante. Os dois estão juntos no auto de\n prisão em flagrante que lista 33 acusados. Também foi libertado Gerd Augusto\n Dudenhoeffer, mas os fundamentos da soltura não foram informados. À noite, a\n 35ª Vara Criminal liberou mais 20 pessoas, entre eles, o pesquisador da Fiocruz\n Paulo Abreu Bruno.\n \n E a\n Justiça converteu a prisão em flagrante dos outros acusados listados no\n flagrante da 21ª Vara Criminal em prisão preventiva para “garantir o cumprimento\n da lei penal e da ordem pública”. Com relação a esses outros acusados, o MP\n havia pedido a estipulação de fiança, o que lhes permitiria responder em\n liberdade. Mas o juízo entendeu que o benefício não poderia ser concedido\n porque não havia informações sobre antecedentes e a ocupação de cada um. O\n presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous,\n criticou a aplicação da Lei do Crime Organizado pela polícia.\n \n Apoio de\n instituições\n \n Instituições\n de ensino do Rio protestaram contra a prisão do estudante da Escola de\n Comunicação da UFRJ e de Relações Internacionais da PUC, Ciro Oiticica, e do\n pesquisador da Fiocruz, Paulo Roberto de Abreu Bruno. Os dois trabalhavam em\n pesquisas sociais. Um grupo de alunos da PUC chegou a ocupar a Lagoa-Barra para\n protestar contra a prisão de Ciro e a direção da ECO divulgou nota afirmando\n que “a violência contra professores, estudantes e manifestantes é inaceitável”.\n Já a Fiocruz reuniu cerca de 300 pessoas em apoio a Paulo, acusado de dano ao\n patrimônio, roubo, incêndio e formação de quadrilha. \n \n Direito\n de manifestar\n \n Os pais\n de Rodrigo Gonçalves Azoubel, baleado durante a manifestação do dia 15,\n comentaram o incidente em nota divulgada à imprensa. Eles ressaltaram que o\n rapaz, de 18 anos, não portava arma e apenas exercia seu direito de\n manifestação, como “milhares de jovens que estão ocupando as ruas” para debater\n o futuro do país.
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