Domingo, 8 de Junho de 2025
Geral
23/09/2013 07:39:21
Justiça pune rapazes que espancaram agrônomo
Estudantes de classe média alta terão que indenizar vítima e prestar serviços comunitários. Jovem teria sido agredido por motivo fútil em frente de casa noturna em 2011.

Midiamax/LD

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\n \n Estudantes de classe média alta terão que indenizar vítima e\n prestar serviços comunitários. Jovem teria sido agredido por motivo fútil em\n frente de casa noturna em 2011.\n \n Os cinco jovens de classe média alta, acusados de espancar o\n agrônomo Diego Costa Potrich, de 27 anos na saída de uma boate na Rua Major\n Capilé, foram punidos pela justiça em Dourados, distante a 225 km de Campo\n Grande. Eles estão proibidos de frequentar casas noturnas de procedência\n duvidosa, além de bares e estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas\n e com aglomeração de pessoas.\n \n Além disso, estão obrigados a prestar serviços a comunidade com\n 800 horas, sendo o mínimo de 8 horas semanais. Os cinco jovens também terão que\n indenizar a vítima com valores totais de R$ 115 mil, divididos em 17 parcelas\n de R$ 1.7 mil. Cada um deles pagará o valor de R$ 28,9 mil.\n \n Outra penalidade para o grupo é a suspensão do direito de dirigir\n num período de 1 ano e seis meses. Os jovens também terão que se apresentar em\n juízo, comunicar qualquer mudança de endereço e não se ausentar das comarcas em\n que residem por mais de 8 dias sem comunicar o judiciário.\n \n O caso aconteceu em 17 de julho de 2011, por volta das 3h30. De\n acordo com denúncia do Ministério Público, por motivo fútil, os acusados teriam\n ofendido a integridade corporal da vítima, desferindo contra ele socos e\n pontapés na cabeça e tórax, o que lhe causou lesões graves, pois resultou em\n ocupações habituais por 30 dias. \n \n No dia do crime, Diego saía de uma casa noturna na companhia da\n namorada e da irmã dela, quando os denunciados passaram de carro e fizeram\n menção as moças de maneira considerada petulante pela Promotoria.\n \n Diante disso, Diego teria solicitado que os acusados parassem e,\n prosseguiu com o trajeto para casa. Em seguida, segundo a ação, os acusados\n teriam descido do carro e agiram de maneira provocativa. Diego teria\n arremessado um copo descartável que continha água e gelo, em direção ao carro\n dos acusados e seguiu para o veículo dele, juntamente com a namorada e a irmã\n dela.\n \n Os acusados desceram do veículo e um deles, menor de idade, exigia\n de forma agressiva que Diego limpasse o carro e pedisse desculpas. Ele também\n dizia “vem para cima, vamos brigar”. A vítima não teria revidado as provocações\n e continuou seguindo em direção ao seu carro. Diante disso, os acusados teriam\n iniciado uma série de agressões à vítima. As meninas que estavam com o agrônomo\n imploravam para que o grupo cessasse as agressões, mas os acusados alegaram\n que, caso a Polícia fosse acionada, ela encontraria a vítima sem vida.\n \n Inconsciente e com vários ferimentos pelo corpo, Diego teve que\n ser deitado de lado, pois estava se afogando com seu próprio sangue, enquanto\n aguardava o socorro. Ele teve que ser internado na Unidade de Tratamento\n Intensivo (UTI), pois sofreu profundas fraturas na mandíbula e maxilar, bem\n como hematomas na cabeça e no olho.\n \n De acordo com informações do processo, a vítima teve que passar\n por cirurgias reparadoras no rosto. Todos os jovens já praticaram artes\n marciais anteriormente, de modo que teriam utilizado a habilidade para atentar\n contra a integridade física da vítima.\n \n O promotor de Justiça que acompanhou o caso, João Linhares Júnior,\n diz que as responsabilidades adotadas pelos acusados, acontecem em decorrência\n da suspensão condicional do processo por quatro anos. \n \n Trata-se de um acordo entre as partes. Após este período o\n processo é extinto. Se no decorrer desse tempo, alguma das regras for quebrada\n ou novos crimes ocorrerem, o processo volta a tramitar novamente e os acusados\n poderão ser condenados.\n \n Linhares afirma que neste caso a Justiça foi feita. Segundo ele,\n na época dos fatos, se ouvia dizer que por causa da condição social dos\n acusados, que são de classe média alta, eles não sofreriam nenhuma penalidade\n por agredir o jovem.\n \n Um dos advogados de defesa dos cinco jovens, Maurício Rasslan, diz\n que a suspensão do processo por quatro anos foi um dispositivo legal utilizado\n pelo judiciário e que está satisfeito com o resultado da decisão.\n \n A vítima Diego Potrich disse à reportagem que a justiça foi feita.\n Segundo ele, tanto as penalidades quanto as indenizações foram uma forma\n utilizada pela justiça para por um ponto final na história.\n \n \n \n \n
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