CGN/LD
ImprimirNesta terça-feira (9), os governos do Brasil e da Bolívia assinaram memorandos de entendimento na área de energia, que incluem a interconexão para transmissão e distribuição de energia elétrica entre os países, além da melhoria da operação da usina hidrelétrica de Jirau.
Lula também mencionou projetos para a instalação de uma fábrica de fertilizantes na fronteira entre Corumbá, Mato Grosso do Sul, e Porto Quijaro. “O Brasil também importa fertilizantes da Bolívia. Queremos fortalecer essa parceria com a implantação de uma fábrica de nitrogenados entre Corumbá e Puerto Quijarro”, disse o presidente.
Entre os projetos mencionados estão medidas para fortalecer a capacidade de agentes públicos no enfrentamento ao tráfico de pessoas e drogas, além de melhorias na gestão migratória. Lula também anunciou negociações para facilitar o acesso à saúde pública para brasileiros na Bolívia e vice-versa através do Sistema Único de Saúde.
Ele falou da construção de uma ponte binacional sobre o Rio Mamoré, conectando Guajará-Mirim, em Rondônia, a Guayaramerín, na Bolívia.
“Bolívia e Brasil estão no coração sul-americano. A integração física e energética da região passa necessariamente por nossos países. O engajamento boliviano é chave para a conclusão do conjunto de rotas que o Brasil tem chamado de Quadrante Rondon. Com a construção da ponte binacional sobre o rio Mamoré, o transporte de bens ficará mais barato, beneficiando em particular os estados de Beni e Pando, na Bolívia, e Rondônia e Acre no Brasil”, anunciou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Falando sobre integração, o presidente da Bolívia, Luís Arce enfatizou a necessidade de avançar nas conexões rodoviárias e ferroviárias entre os países para reduzir as distâncias entre os oceanos Pacífico e Atlântico.
"A integração física das infraestruturas é essencial para enfrentar os desafios regionais", afirmou Arce. Ele ressaltou que a Bolívia, estrategicamente localizada entre os dois oceanos, desempenha um papel fundamental na integração sul-americana.
Rotas –O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou alguns dos pontos debatidos no encontro, em especial a possibilidade de conexão logística pelo Pacífico, relevante para exportações do agronegócio.
Ele citou a redução do custo e do tempo de transporte a partir de obras de infraestrutura, além da produção de fertilizantes. Em complemento, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ressaltou a importância das parcerias voltadas a pontes e hidrovias e o reforço alfandegário nas fronteiras com a Bolívia.
Das cinco rotas logísticas do Novo PAC, a 3 e a 4 envolvem a Bolívia. Elas encurtam o caminho para o comércio usando portos do Pacifico. Tebet frisou parcerias com bancos multilaterais para financiar as obras, que resultarão em redução expressiva dos custos e do tempo de transporte.