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ImprimirCom recorde de queimadas no Pantanal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou, na manhã desta quarta-feira (31), em Corumbá (MS) – cidade 425 quilômetros de Campo Grande. Lula vai sobrevoar as áreas atingidas pelo fogo no bioma.
O avião presidencial pousou no Aeroporto de Corumbá às 10h06 (horário de MS).
De acordo com a agenda presidencial, Lula visita as instalações da base local do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para acompanhar os trabalhos de combate às chamas.
No local, o presidente deve sancionar o projeto de lei n° 1818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
Essa é a segunda visita a Mato Grosso do Sul desde o início do terceiro mandato. A última vez que o presidente da República esteve no estado foi em de abril deste ano, quando veio anunciar a ampliação das exportações de carne do Brasil para a China.
Recorde de queimadas
O Pantanal já teve mais de 906 mil hectares queimados pelo fogo neste ano , segundo levantamento do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ). A área completamente destruída representa 6% de todo o território pantaneiro.
De 1º de janeiro até esta quarta-feira (31), foram 906.950 hectares queimados em todo o bioma, que fica em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso.
O fogo consome o bioma há mais de três meses, o que deixa um rastro de devastação ambiental e morte de animais. Somente no mês de julho o bioma registrou 1.158 focos de calor, sendo 88% em Mato Grosso do Sul com 1.030 focos, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O fogo é esperado anualmente no Pantanal, entre o fim de julho e o mês de agosto. Entretanto, os eventos climáticos extremos, seca severa e a ação humana fizeram com que a temporada das chamas fosse antecipada neste ano, começando ainda em junho.
Brigadistas do PrevFogo, Corpo de Bombeiros, Exército e militares enviados pela Força Nacional atuam no combate às chamas no Pantanal. A falta de chuva, as altas temperaturas e ventos fortes dificultam os trabalhos para apagar os incêndios, que se alastram facilmente por conta da vegetação seca.