Geral
26/09/2012 09:00:00
Médicos podem suspender atendimento por 15 dias a partir de outubro
Entre os dias 10 e 25 de outubro, médicos de todo o país participarão de protesto nacional contra os abusos cometidos pelos planos e seguros de saúde.
Midiamax/LD
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\n \n Entre os dias 10 e 25 de outubro, médicos de todo o país\n participarão de protesto nacional contra os abusos cometidos pelos planos e\n seguros de saúde. Para marcar o início da mobilização nacional, os\n profissionais realizarão atos públicos (assembleias, caminhadas e\n concentrações) nos estados em 10 de outubro. A partir de então, com base em\n decisões tomadas em assembleias locais, a categoria pode suspender, por tempo\n determinado, consultas e outros procedimentos eletivos por meio de guias dos\n convênios - sem cobrança de valores adicionais - que serão definidos como alvo\n pelas assembleias. As mobilizações serão articuladas pelas Comissões Estaduais\n de Honorários Médicos. \n \n "O movimento médico brasileiro tem buscado incessantemente o\n diálogo com as empresas da área de saúde suplementar, mas os avanços ainda são\n insatisfatórios. O que está em jogo é o exercício profissional de 170 mil\n médicos e a assistência a quase 48 milhões de pacientes", afirma Aloísio\n Tibiriça, 2ºvice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e coordenador\n da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU). \n \n Para o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB),\n Florentino Cardoso, a insatisfação de médicos e beneficiários de planos de\n saúde, confirmada por diversas pesquisas de opinião, chegou ao limite. "O\n sistema suplementar de saúde passa por crises e nós devemos buscar juntos as\n melhores soluções, especialmente as que contemplam melhorias e crescimento\n sustentável". \n \n Reivindicações - Além\n de reajuste nos honorários, os médicos pedem o fim da interferência antiética\n das operadoras na relação médico-paciente. Também reivindicam a inserção, nos\n contratos, de índices e periodicidade de reajustes - por meio da negociação\n coletiva pelas entidades médicas - e a fixação de outros critérios de\n contratualização. \n \n Os pacientes serão previamente informados da suspensão do\n atendimento, podendo ter suas consultas e procedimentos eletivos reagendados. Os\n casos de urgência e emergência não serão prejudicados. As autoridades do setor\n estão sendo notificadas nesta semana sobre a mobilização. \n \n As entidades regionais respondem pela organização do protesto.\n Para os líderes do movimento médico, ainda falta muito para aperfeiçoar a\n relação com os planos de saúde, apesar de alguns avanços nas negociações\n conjuntas. \n \n "As reivindicações da categoria são essenciais. Entendemos\n que, sem uma pressão mais efetiva sobre os planos de saúde, eles dificilmente\n sentarão para negociar. Desta forma, uma mobilização por mais dias demonstra\n que, daqui para frente, os médicos tomarão medidas cada vez mais duras para uma\n melhor relação com o paciente", avalia Geraldo Ferreira, presidente da\n Federação Nacional dos Médicos (Fenam). \n \n Histórico - Algumas conquistas dos médicos surgiram após as três\n recentes mobilizações da categoria com foco na queda de braço entre\n profissionais e operadoras. A primeira em 7 de abril de 2011 e a segunda em 21\n de setembro do mesmo ano. A última mobilização nacional aconteceu em 25 de\n abril, quando, além de protestarem, representantes das entidades médicas\n nacionais entregaram formalmente à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)\n um documento com 15 propostas para estabelecer critérios adequados para a\n contratação de médicos pelas operadoras de planos de saúde e para a\n hierarquização dos procedimentos estabelecidos pela CBHPM. \n \n Após cinco meses, ANS afirma ainda analisar proposta da categoria.\n Durante esse período, a Agência publicou a Instrução Normativa nº 49, que foi\n considerada inócua pelas entidades, pois não tem o pressuposto da negociação\n coletiva. \n \n \n \n \n
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