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Geral
08/10/2012 09:00:00
Médicos suspendem atendimento a planos de saúde por até 15 dias
Médicos em todo o país vão suspender o atendimento a pacientes de planos de saúde por um período de até 15 dias. O protesto, na maioria dos estados, está previsto para começar na próxima quarta-feira (10).

Agência Brasil/LD

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\n \n Médicos\n em todo o país vão suspender o atendimento a pacientes de planos de saúde por\n um período de até 15 dias. O protesto, na maioria dos estados, está previsto\n para começar na próxima quarta-feira (10).\n \n Esta\n é a quarta paralisação anunciada pela categoria em dois anos. De acordo com o\n Conselho Federal de Medicina (CFM), serão suspensas apenas consultas e\n cirurgias eletivas – serviços de urgência e emergência não serão afetados.\n \n Sete\n unidades federativas anunciaram a suspensão do atendimento a todas as empresas\n de saúde suplementar do país. Em oito estados, o protesto vai atingir apenas\n operadoras de planos locais. Há ainda sete estados que irão realizar\n assembleias para definir os planos a serem atingidos.\n \n Além\n do reajuste de honorários de consultas e outros procedimentos, a pauta de\n reivindicações inclui a inserção, em contrato, dos critérios de reajuste, com\n índices definidos e periodicidade e o fim da intervenção dos planos na relação\n médico-paciente.\n \n De\n acordo com o vice-presidente do órgão, Aloísio Tibiriçá, as receitas dos planos\n de saúde no Brasil crescem, em média, 14% ao ano, mas o reajuste não é passado\n aos médicos. Segundo ele, o valor pago por consulta realizada já chegou a\n representar 40% dos gastos pelas operadoras, mas atualmente fica entre 14% e\n 18%.\n \n “Defasou\n muito e está bem aquém da própria necessidade de sobrevivência do médico no\n consultório”, disse. “Vivemos um conflito permanente com os planos de saúde. Os\n quase 50 milhões de usuários estão em um gargalo de atendimento médico. Os\n planos não credenciam mais serviços ou mais médicos por contenção de custos”,\n completou.\n \n Dados\n da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que, entre 2003 e 2011,\n a receita das operadoras cresceu 192%, enquanto o valor médio pago por consulta\n aumentou 65%. Cálculos da própria categoria, entretanto, indicam que o reajuste\n foi 50%.\n \n “A\n ANS suspendeu mais alguns planos por conta do tempo de espera. As emergências\n estão superlotadas, praticamente igual ao Sistema Único de Saúde (SUS). O\n mercado de saúde suplementar não atrai mais o médico, eles estão saindo. A\n situação vai piorar”, ressaltou Tibiriçá.\n \n Para\n o vice-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), nbsp;Lairson Vilar,\n as operadoras têm “boicotado” tratamentos de alto custo, reduzindo períodos de\n internação e dificultando exames mais caros. Segundo ele, estudo feito em São\n Paulo indica que dois em cada dez usuários de planos de saúde têm procurado o\n serviço público no lugar das clínicas credenciadas. “É impossível oferecer um\n serviço de qualidade face a um desequilíbrio tão grande”, destacou.\n \n \n \n \n
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