\n \n O\n Ministério Público (MP) Estadual denunciou oito bombeiros pelo incêndio na\n boate Kiss. Os denunciados irão responder a processo na Justiça Militar de\n Santa Maria, que julgará o caso. \n \n Cinco\n deles responderão por inobservância da lei, e três, por falsidade ideológica.\n Entre os três que responderão por falsidade ideológica, há um que também será\n processado por prevaricação (confira detalhes abaixo).\n \n Roberto\n Flávio da Silveira e Souza, que havia sido indiciado pelo Inquérito Policial Militar (IPM),\n não foi denunciado pelo MP Estadual. Daniel da Silva Adriano, que foi chefe da\n Seção de Prevenção de Incêndio, não havia sido indiciado pelo IPM, mas foi\n denunciado pelo MP.\n \n O\n MP entendeu, ainda, que são falsos todos os alvarás expedidos em Santa Maria\n com base no Sigpi (sistema simplificado para expedição de Plano de Prevenção\n Contra Incêndio). O 4º Comando Regional de Bombeiros (4º CRB) será comunicado\n formalmente.\n \n CONFIRA\n QUEM SÃO OS DENUNCIADOS\n \n Moisés Fuchs
\n -\n Tenente-coronel, ex-comandante do 4º ComandoRegional de Bombeiros (4º CRB),\n transferido depois da tragédia para o Comando Regional de Polícia Ostensiva\n (CRPO) Central
\n - Tem 55 anos e está na corporação há 32
\n - Está em licença de saúde
\n - Apontado pela Polícia Civil por indícios de prática de homicídio culposo, mas\n não vai responder por isso na Justiça Militar, porque o IPM não o indiciou por\n isso
\n - Segundo o IPM, o oficial teria investigado a Hidramix, empresa do sargento\n dos bombeiros Roberto Flávio da Silveira e Souza, que realizou obras dentro da\n boate
\n - Vai responder por falsidade ideológica e prevaricação \n \n Daniel da Silva Adriano
\n -\n Tenente-coronel, foi chefe da Seção de Prevenção de Incêndio do 4º CRB entre\n 2007 e 2010
\n - Tem 48 anos
\n - Está aposentado
\n - Não foi indiciado pelo Inquérito Policial Militar
\n - Vai responder por falsidade ideológica\n \n Alex da Rocha Camillo
\n -\n Capitão que assinou o segundo alvará dos bombeiros para a boate
\n - Tem 41 anos e está na corporação há 20
\n - Está em licença de saúde
\n - Apontado pela Polícia Civil por indícios de prática de homicídio culposo, mas\n não vai responder por isso na Justiça Militar, porque o IPM não o indiciou por\n isso
\n - Segundo IPM, não teria fiscalizado o ambiente da forma padrão, como cobrar o
\n treinamento dos funcionários para o combate ao incêndio
\n - Vai responder por falsidade ideológica\n \n Gilson Martins Dias
\n -\n Soldado que realizou a última vistoria na Kiss, em 2011
\n - Tem 35 anos e está na corporação há 10
\n - Continua trabalhando
\n - Indiciado pela Polícia Civil por homicídio com dolo eventual e tentativa de\n homicídio qualificado por asfixia porque teria se omitido quando deveria agir.\n Recebeu nova classificação do Ministério Público Estadual para homicídio\n culposo. O caso foi para a Justiça Militar, mas ele não vai responder por
\n isso, porque o crime não foi apontado pelo IPM
\n - Segundo IPM, não teria fiscalizado o ambiente da forma padrão, como cobrar o
\n treinamento dos funcionários para o combate ao incêndio. Disse, no inquérito,\n que não havia, quando fez a vistoria, as divisórias de ferro próximas à entrada\n da boate e que teria dificultado a saída das vítimas
\n - Vai responder por inobservância da lei \n \n Vagner Guimarães Coelho
\n -\n Soldado que realizou a última vistoria na Kiss, em 2011
\n - Tem 32 anos e está na corporação há 10
\n - Continua trabalhando
\n - Indiciado pela Polícia Civil por homicídio com dolo eventual e tentativa de\n homicídio qualificado por asfixia porque teria se omitido quando deveria agir.\n Recebeu nova classificação do Ministério Público Estadual para homicídio\n culposo. O caso foi para a Justiça Militar, mas ele não vai responder por
\n isso, porque o crime não foi apontado pelo IPM
\n - Segundo IPM, não teria fiscalizado o ambiente da forma padrão, como cobrar o
\n treinamento dos funcionários para o combate ao incêndio. Afirmou, no inquérito,
\n que o local que vistoriou era completamente diferente do apresentado em\n maquetes pela imprensa. Destacou que o alvará não teria sido concedido se,\n durante a vistoria, estivessem presentes as divisórias de ferro que teriam\n dificultado a saída das vítimas
\n - Vai responder por inobservância da lei\n \n Renan Severo Berleze
\n -\n Sargento que atua na Seção de Prevenção a Incêndio (SPI) na análise dos Planos\n de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) que chegam aos bombeiros
\n - Tem 32 anos e está na corporação há 10
\n - Continua trabalhando
\n - Foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público por\n fraude processual, porque teria incluído documentos que não estavam\n originalmente no PPCI da boate
\n - Segundo IPM, não teria fiscalizado o ambiente da forma padrão, como cobrar o
\n treinamento dos funcionários para o combate ao incêndio
\n - Vai responder por inobservância da lei\n \n Marcos Vinícius Lopes Bastide
\n -\n Soldado que atua na Seção de Prevenção a Incêndio (SPI) na área de inspeção
\n - Temnbsp;26 anos e está na corporação há 4
\n - Continua trabalhando na SPI
\n - Não foi apontado pela Polícia Civil
\n - Segundo IPM, não teria fiscalizado o ambiente da forma padrão, como cobrar o
\n treinamento dos funcionários para o combate ao incêndio
\n - Vai responder por inobservância da lei\n \n Sérgio Roberto Oliveira de Andrades
\n -\n Sargento que atua na Seção de Prevenção a Incêndio (SPI)
\n - Tem 50 anos e está na corporação há 30
\n - Está em Porto Alegre em curso para passar a segundo sargento
\n - Não foi apontado pela Polícia Civil
\n - Segundo IPM, não teria fiscalizado o ambiente da forma padrão, como cobrar o
\n treinamento dos funcionários para o combate ao incêndio
\n - Vai responder por inobservância da lei\n \n \n