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07/10/2012 12:00:40
Morre menino que caiu do quinto andar de escola
Depois de dez dias internado, morreu na manhã deste domingo o menino de 12 anos que caíra do quinto andar do Colégio de São Bento.

G1/LD

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\n \n \n \n Depois de dez dias internado, morreu na manhã deste\n domingo o menino de 12 anos que caíra do quinto andar do Colégio de São Bento.\n A informação foi confirmada pela Secretaria municipal de Saúde, que ainda não\n deu detalhes sobre a morte. Ele estava internado deste o dia 28 de setembro, em\n estado muito grave, no CTI do Hospital Souza Aguiar, onde onde havia sido\n submetido a uma cirurgia no baço. Na queda, o menino sofreu traumatismo\n craniano. A polícia acredita que ele tenha se jogado, sem a ajuda de terceiros.\n Na\n sexta-feira passada, o delegado José Afonso Mota, titular da 1ª DP (Gamboa),\n informara que vai ouvir os três alunos que teriam ficado sozinhos na sala de\n aula junto com o menino. Ele tomou a decisão depois de ouvir o depoimento de um\n professor de ciências da escola, que foi o último adulto a falar com a criança\n antes de ocorrer o acidente.\n \n — Nós\n pensávamos que ele (professor) tinha saído com os alunos, mas ele disse que\n não, que os deixou na sala (no sexto andar). Então, agora nós temos a\n necessidade de ouvir os alunos que ficaram na sala com o menino que caiu da\n janela. A princípio, está parecendo que ele teria se escondido em alguma parte\n da escola, como o banheiro e a enfermaria — afirmou o delegado.\n \n Além do\n professor, foi ouvida a orientadora psicológica do Colégio de São Bento. Os\n depoimentos dos dois aconteceram simultaneamente e duraram cerca de seis horas.\n Segundo o delegado José Afonso, depois de passar numa sala para pegar seus\n pertences, o professor de ciências deixou o andar imediatamente, sem ver, nem\n no corredor nem nas escadas, nenhum dos alunos que tinham ficado na sala de\n aula.\n \n — Ele (o\n professor) acha que eles poderiam estar dentro da sala ainda — disse o\n policial.\n \n Com as\n declarações do professor, ficou claro para os investigadores que, em pelo menos\n algum momento, os alunos ficaram sozinhos no corredor do sexto andar. Em\n depoimentos prestados na véspera, os dois monitores responsáveis pelo setor\n informaram que, antes de deixar o andar, viram a vítima e outros três alunos\n com o professor de ciências na sala de aula.\n \n Perguntado\n por que o professor deixou os estudantes sozinhos, o delegado contou que,\n segundo informaram monitores, no caso de alunos mais velhos, o controle de\n saída dos corredores é menor.\n \n — Segundo\n explicaram, a vigilância para eles é um pouco menor porque já têm 12 anos, são\n pré-adolescentes e podem se dirigir sozinhos para a escada e para o elevador —\n acrescentou o policial.\n \n Ainda\n segundo o delegado, o professor confirmou que a criança é introvertida e teria\n mais dificuldades de acompanhar os exercícios da turma.\n \n — O\n professor contou que o aluno é mais lento para anotar os exercícios e por isso\n ainda estava na sala de aula. Já os outros três ou quatro alunos estariam\n guardando seus materiais. Já identificamos três e vamos ouvi-los — disse.\n \n O professor\n de ciências, de acordo com o delegado, contou não ter notado qualquer diferença\n no comportamento do estudante, que é considerado um aluno de aproveitamento\n médio:\n \n — A gente\n agora precisa ouvir os alunos para saber o destino que cada um tomou. Eles\n desceram de elevador? De escada? Viram o aluno? Sabem se ele se escondeu?\n \n Menino era\n acompanhado de perto, diz psicóloga\n \n A orientadora\n pedagógica do Colégio de São Bento afirmou ontem que a criança recebia um\n tratamento diferenciado. Segundo o delegado Aldrin Rocha, que tomou o\n depoimento da psicóloga, ela teria confirmado que o menino era muito\n introvertido e que, por conta disso, os professores da escola teriam uma\n atenção maior com o seu desenvolvimento:\n \n — Ela\n corroborou a ideia trazida por todos até agora de que o aluno é realmente\n bastante introvertido, bastante calado. Ele tem esse perfil, já observado pelos\n professores. Precisávamos do parecer de uma profissional que estuda o assunto.\n \n Segundo o\n delegado, a psicóloga disse ainda que, por tratar-se de uma criança\n introvertida, era natural que o menino fosse observado mais atentamente pelos\n professores do colégio:\n \n — Ela\n explicou que era natural que os professores agissem assim porque é dever do\n colégio. E contou que houve inclusive reuniões entre o colégio e familiares do\n menino para falar sobre o comportamento da criança.\n \n O delegado\n contou que o menino entrou para a escola em 2008 e que sua adaptação não foi\n fácil:\n \n — Segundo a\n psicóloga, ele não teve uma boa adaptação porque gostava muito da escola\n anterior. E é natural, em casos de mudança de colégio, que se tenha dificuldade\n de adaptação no início. Ao longo do tempo, o menino foi criando um ambiente\n melhor no colégio. As características de relacionamento melhoraram. Apesar de\n ele ser uma pessoa introspectiva, tinha seu ciclo de amizades ali dentro —\n afirmou o delegado da 1ª DP.\n \n Melhor amigo\n da classe\n \n Segundo ele,\n em determinado momento, o estudante teria sido eleito como o “melhor amigo” da\n classe.\n \n — É\n interessante. Ele tinha uma aceitação boa dos colegas.\n \n Segundo o\n delegado, os professores, monitores e a psicóloga negaram que houvesse qualquer\n tipo de bullying contra a criança.\n \n \n \n \n
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