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ImprimirA safra 2023/2024 foi a maior da cultura da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul. O estado processou 52,4 milhões de toneladas de matéria-prima, 17,48% a mais que na temporada passada, quando o parque sucroenergético moeu 44,6 milhões de toneladas.
Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (10), pelo presidente do Conselho da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Amaury Pekelman, na abertura do Expocanas, em Nova Alvorada do Sul, 115 quilômetros de Campo Grande.
Com maior quantidade de matéria-prima, a safra 23/24, encerrada oficialmente no dia 31 de março, registrou um processamento de 2,2 milhões de toneladas de açúcar (novo recorde do estado). A quantidade é 46,6% maior do que as 1,5 milhões de toneladas do ciclo anterior.
O volume de etanol produzido também foi o maior da história do estado. O fabricado a partir de cana teve incremento de 7,75%, passando de 2,6 bilhões de litros para 2,8 bilhões de litros.
Já o biocombustível que tem o milho como principal insumo, teve um incremento no processamento de 31,7%, saltando de 721,3 milhões de litros para 950 milhões de litros.
Somando o etanol de cana com o de milho, o processamento do estado passou de 3,3 bilhões de litros para 3,8 bilhões de litros, um crescimento de 15,1%.
Na comparação do percentual que cada matéria-prima representou no volume total do biocombustivel, a participação do milho passou de 21,42% na temporada 22/23 para 25% na 23/24.
Em relação a bioletricidade que é exportada pelas usinas para o operador nacional houve um aumento discreto na quantidade, 5,2%, de 1,9 milhão de MWh para 2 milhões de MWh.
Pekelman apontou que o estado fechou o ciclo se mantendo com um dos principais players nacionais do segmento, sendo o quatro maior produtor de cana e de etanol, o quinto de açúcar e ainda o quatro maior exportador de bioeletricidade para o sistema.
Ao avaliar o período recém-encerrado apontou que foi um ciclo de recuperação de produtividade e produção, em uma safra que registrou boas condições climáticas, sem os impactos das geadas em que houve uma participação mais ampla da produção do etanol de milho no computo geral do biocombustível.
Ao mesmo tempo em que apresentou os números positivos do ciclo fechado, o presidente do Conselho da Biosul adiantou também as previsões para a nova temporada, 2024/2025, que começou no dia 1º de abril.
A projeção inicial é de um processamento de 53,1 milhões de toneladas de cana, fabricação de 4,5 bilhões de litros de etanol, 2,5 milhões de toneladas de açúcar e 2,5 milhões de MWh de bioeletricidade.
Neste ciclo, a previsão, conforme Pekelman, é da entrada em operação de novas unidades de produção, uma participação ainda maior do milho no mix de produção do etanol e das empresas produzirem no estado novos produtos, como biogás e biometano.