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ImprimirCom o fim da última imunização contra febre aftosa em Mato Grosso do Sul e outros 11 estados, o país tornou-se oficialmente livre da doença sem vacinação. O anúncio autodeclaratório da evolução da situação sanitária do país foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao lado do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, no anexo II do Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (2).
Desde 2022, o Governo do Estado já havia anunciado a conquista. O status de área livre de febre aftosa sem vacinação começou em 2023, depois que concluiu em novembro de 2022 a última etapa para obter o título pelo Mapa (Ministério da Agricultura).
A ação, que é parte do processo para o reconhecimento internacional pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), representa o fim do ciclo de vacinação, iniciado há mais de 50 anos e o reconhecimento da qualidade da produção pecuária nacional e da qualidade do serviço veterinário oficial.
Ao todo, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.
“É o início de um processo em que o Brasil troca de patamar com um grupo de elite sanitária mundial, que é muito mais difícil se manter nessa elite. Com toda a dedicação, com os estados, todo o sistema, envolvidos, vamos atingir mercados muito exigentes, mas muito recompensadores. Vamos poder vender pra Japão, Coreia do Sul, que são mais remuneradores e poucos países podem acessar. Ao se declarar livre da Febre Aftosa sem Vacinação, o país dá um passo importante”, destacou o ministro Fávaro.
A última ocorrência da doença em território nacional foi em 2006, seguida da implementação de zonas livres, que deram sustentação ao desataque do país como líder mundial no comércio de proteína animal, em bases sustentáveis.
Âmbito regional - Em abril de 2023, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) publicou portaria que proíbe o uso de vacinas contra a febre aftosa no Estado. A medida segue as diretrizes do PNEFA (Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa).
Além disso, fica proibido o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa nesses mesmos estados. Fica proibido o ingresso e a incorporação de animais vacinados contra a doença.
A vacina só poderá ser utilizada mediante autorização do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária, seguindo alguns critérios estabelecidos pela portaria de nº 665/2024, publicada hoje no DOU (Diário Oficial da União).