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14/07/2012 12:00:53
Mulher morre após cirurgia de redução do estômago e marido alerta para riscos
O alerta é feito por José Alexandre Gomes, de 29 anos, depois de perder a esposa em decorrência de complicações no pós-cirúrgico de procedimento de redução de estômago, realizado no dia 24 de maio.

CGNews/LD

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\n \n “É\n um alerta para todas as pessoas que estão pensando em fazer: é muito arriscado.\n É um risco muito grande que se corre e, apesar de ser difícil para muitas\n pessoas emagrecerem, acho que vale a pena sofrer tentando da maneira mais\n saudável”.\n \n O\n alerta é feito por José Alexandre Gomes, de 29 anos, depois de perder a esposa\n em decorrência de complicações no pós-cirúrgico de procedimento de redução de\n estômago, realizado no dia 24 de maio.\n \n A\n funcionária pública Jurema Cristina Pereira Lima, de 29 anos, morreu na\n madrugada desta segunda-feira (9), por causa de uma infecção generalizada, de\n acordo com a família.\n \n O\n casal tem uma filha de 3 anos, que virou até tatuagem para a “mãe coruja”.\n Juju, como era seu nome no perfil do Facebook, pesava 127 quilos e tinha 1,60m\n de altura quando decidiu fazer a cirurgia.\n \n Em\n pouco mais de um mês, ela é a segunda paciente de cirurgia bariátrica a morrer\n após complicações no pós-cirúrgico (que tenha sido divulgado para impensa).\n Juliana Ribeiro Campos, de 24 anos, morreu no dia 27 de maio, 10 dias após\n fazer a cirurgia. Segundo a família, ela teve complicações quando estava às\n vésperas de receber alta, após fazer endoscopia e engolir secreção.\n \n No\n caso de Jurema, o marido conta que dois grampos da cirurgia estouraram um dia\n após o procedimento, quando ela já estava na enfermaria. A paciente foi\n transferida para o CTI, onde ficou por 45 dias e passou por outras duas\n cirurgias.\n \n “Ela\n fisicamente até apresentava melhora, mas por dentro não estava bem. Ela não\n conseguia se alimentar e evacuar, só comia por sonda”,conta.\n \n Na\n semana passada, a infecção começou a afetar os órgãos do corpo e o quadro da\n paciente piorou. No domingo (8), ela sofreu duas paradas cardíacas, sendo que\n na segunda os médicos não conseguiram reanima-lá.\n \n José\n lembra que a esposa chegou a dizer quando estava internada que “se soubesse que\n ia passar por tudo aquilo tinha desistido”.\n \n Ele\n afirma que a família aceitou os termos médicos sobre o risco da cirurgia,\n informando sobre a possiblidade de complicações, inclusive rompimento de\n grampo, e até morte. Mas ele diz que “poderia ser divulgado mais esses casos.\n Se a gente tivesse visto antes a notícia da menina que morreu talvez teríamos\n desistido”.\n \n Alguns\n meses antes de fazer a cirurgia, Jurema chegou a desistir da ideia, mas depois\n acabou decidindo marcar novamente e se submeter aos riscos do procedimento.\n \n Luta contra a balança - José ressalta acreditar que a cirurgia no caso da\n esposa não foi meramente por estética, mas por uma necessidade de saúde, no\n entanto, é seguro ao dizer que a mulher deveria ter tentando emagrecer mais de\n outras formas saudáveis ao invés de correr o risco.\n \n “A\n gente até apoiou a ideia, queríamos ver ela feliz. Mas podia ter corrido mais\n atrás de outras alternativas”, diz.\n \n Ele\n conta que a esposa decidiu fazer a redução de estômago após desistir de brigar\n com a balança. “Ela sempre foi magrinha, quando começamos a namorar, com 18\n anos, ela pesava 60 quilos, mas aí começou a engordar e não conseguia mais\n voltar ao normal”, diz.\n \n Os\n quilos a mais vieram principalmente depois do casamento e da gravidez. José diz\n que a esposa fez dietas, até perdia peso, mas depois recuperava e voltava para\n a luta contra a balança.\n \n “Ela\n se sentia muito mal. Ia comprar roupa e nunca servia. E tinha também a questão\n da saúde por causa da obesidade”, diz.\n \n A\n ideia de fazer a cirurgia começou a parecer mais “fácil” e “segura” depois que\n Jurema ouviu testemunhos de pessoas próximas que fizeram o procedimento e,\n apesar dos problemas pós-cirurgia, estavam felizes sem os quilos a mais.\n \n “Algumas\n amigas tinham feito e conseguiram emagrecer, mas também não era milagre, se não\n se cuidava os quilos voltavam e tinham outros problemas também, como anemia”,\n diz.\n \n O\n médico responsável pelo caso de Jurema saiu de férias há aproximadamente 15\n dias e por isso não foi encontrado pela reportagem.\n \n Risco\n - A reportagem apurou que nos últimos quatro anos foram noticiadas, pelo menos,\n seis mortes no pós-cirúrgico do procedimento só na Capital.\n \n O\n médico representante da SBCBM/MS (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e\n Metabólica), James Câmara de Andrade, diz que não há número total de cirurgias\n realizadas no Estado ou na Capital e nem índice de mortalidade.\n \n No\n site da Sociedade aparecem oito médicos cirurgiões cadastrados, que realizam a\n redução de estômago.\n \n No\n termo de responsabilidade assinado pelo paciente antes da cirurgia, consta que\n o risco de mortalidade é de 1,5%, o que pode variar de acordo com cada caso. O\n documento também informa que não há 100% de garantias para a cirurgia.\n \n A\n cirurgia é considerada uma intervenção de grande porte e indicada para um\n pequeno grupo, cujo IMC (Índice de Massa Corpórea) esteja acima dos 35. Pela\n normatização da SBCBM, apenas pacientes com idade entre 18 e 65 anos podem\n fazer a cirurgia.\n \n Abaixo\n ou acima dessa faixa etária ou com IMC superior a 40, só com formalização do\n médico responsável, neste caso, um endocrinologista. Mais informações no site:\n www.sbcb.org.br.\n \n \n \n \n
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