\n \n O nível de emprego continuou crescendo segundo dados divulgados\n hoje (20) pela Pesquisa Mensal do Emprego, do Instituto Brasileiro de Geografia\n e Estatística, mas o mercado de trabalho brasileiro deu sinais de\n desaceleração. A avaliação é do coordenador de trabalho e renda do IBGE, Cimar\n Azeredo: \n \n "A maioria dos indicadores apresentam ou estabilidade ou um\n avanço inferior ao observado nos últimos anos, principalmente na evolução\n observada de 2011 para 2012", afirmou o coordenador. \n \n A taxa média de desocupação dos primeiros cinco meses de 2013\n alcançou 5,7%, 0,18 ponto percentual menor que a observada no mesmo período de\n 2012. Em 2011, a taxa havia ficado em 6,4%, 0,6% maior que a do ano seguinte. \n \n Para Cimar, a redução do ritmo não se deve à dificuldade de se\n avançar num patamar mais baixo, pois ainda há um número de desempregados\n expressivos em regiões metropolitanas como São Paulo (649 mil) e Rio de Janeiro\n (300 mil). \n \n "Parte expressiva desses desempregados são jovens e há espaço\n sobretudo para programas que possam capacitá-los para o primeiro emprego. No\n Nordeste, principalmente, temos um cenário econômico que não é tão\n dinâmico", descreve ele. Lembrou que a taxa de desemprego em Salvador é de\n 8,4%.\n \n Na comparação de um mês com o mesmo mês do ano anterior, foi a\n primeira vez que a taxa de desemprego nacional ficou estável, com 0% de\n variação, desde dezembro de 2009. Cimar, no entanto, explica que a\n representatividade dessa sequência deve ser ponderada por não levar em conta\n ajustes sazonais. Em maio de 2013, a taxa foi de 5,8%, a mesma de abril de 2013\n e de maio de 2012. \n \n O nível de ocupação da população com mais de 10 anos de idade foi\n outro índice que evoluiu mais lentamente. Em 2010, ano da recuperação depois da\n crise econômica mundial, a média dos primeiros cinco meses do ano foi 52,7%,\n que subiu para 53,3% (+0,6 p.p.) em 2011, para 53,7% (+0,4 p.p.) em 2012, e\n agora para 53,9% (+0,2 p.p). \n \n O crescimento do trabalho com carteira assinada foi outro\n indicador menos expressivo nesta última pesquisa. Apesar de 205 mil pessoas\n terem obtido emprego com carteira assinada em maio de 2013, a alta foi de 1,8%\n sobre 2012. O ano passado cresceu 3,9% sobre 2011, que por sua vez foi 6,7%\n maior que 2010, ano que apresentou aumento de 7,4%.\n \n Na redução de pessoas empregadas sem carteira assinada a\n desaceleração foi menor. Em maio, o número absoluto chegou a 2,280 milhões, com\n queda de 4,9% ante 2012, ano em que os postos desse tipo foram reduzidos em 6%.\n Em 2011, no entanto, o decréscimo tinha sido de 3% sobre 2010. \n \n \n \n \n