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Geral
25/02/2012 09:07:08
No Paraguai, brasileiros enfrentam problemas com posse de terras
Na comunidade de Tapeporã, município de Mbaracayú, brasileiros disputam na Justiça o direito de cultivar as áreas onde plantaram milho.

G1MS/AQ

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\n \t Na comunidade de Tapeporã, município de Mbaracayú, brasileiros disputam\n na Justiça o direito de cultivar as áreas onde plantaram milho.\n \n \t A empresa paraguaia Benita S.A., ligada ao setor agropecuário, alega \n ser a verdadeira dona das terras e conseguiu uma ordem judicial que \n proíbe os brasileiros de entrarem nas fazendas.\n \n \t Desde o fim de janeiro, policiais estão na área e impedem que os \n brasileiros cultivem. É proibida a entrada de máquinas agrícolas e a \n pulverização das lavouras. Estradas rurais que cortam a comunidade foram\n bloqueadas.\n \n \t O impasse envolve diretamente 30 famílias, a maioria brasileira e \n descendentes que vivem no Paraguai. Algumas fazendas ficaram divididas \n entre a área em que é possível o cultivo e a área em que está proibida a\n entrada. É o caso de Rosemar Gloger, em 60 dos 230 hectares em que \n plantou milho, ele não pode entrar. “Plantamos e agora não podemos \n colher, nem cuidar. Está complicado."\n \n \t Um dos sócios da empresa paraguaia Benita S.A, Gustavo Bogado, mostra o\n mapa da área e apresenta os títulos da terra e os impostos pagos. Ele \n reconhece que os títulos dos brasileiros são legítimos, originais e \n autênticos, mas argumenta que o deles também são, com a diferença que o \n deles se refere a uma área de mil hectares. Segundo Bogado, os \n brasileiros avançaram sobre a área deles.\n \n \t A cinco quilômetros da comunidade de Tapeporã, no município vizinho de \n Itakyry, uma propriedade que também pertence a um brasileiro não tem \n problema com a polícia paraguaia, mas sim com os campesinos, os \n sem-terra do Paraguai.\n \n \t Desde janeiro, 80 famílias acamparam na área e impediam o plantio. Esta\n semana, a Justiça expediu uma ordem de reintegração de posse. Com a \n escolta da polícia paraguaia, funcionários da fazenda derrubaram as \n barracas montadas pelos sem-terra. Depois, queimaram restos de madeira e\n de lonas.\n \n \t Enquanto os policiais estavam na área, os empregados dos fazendeiros \n brasileiros se apressaram para plantar soja e sorgo na fazenda de 180 \n hectares.\n \n \t A 220 quilômetros, mais ao Sul, no município de Ñacunday, agricultores \n brasileiros enfrentam um problema parecido. Milhares de sem-terra \n paraguaios montaram acampamento nas áreas deles.\n \n \t Os problemas envolvendo brasileiros que migraram para o Paraguai nas \n últimas décadas estão concentrados, principalmente, em cinco estados que\n ficam na faixa de fronteira com o Brasil.\n \n \t Para tentar resolver o impasse, o governo paraguaio ofereceu uma outra área próxima, mas os sem-terra não aceitaram.\n \n
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