\n \n O novo concurso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária\n (Anvisa) deverá ser aplicado em agosto, informou hoje (14) o diretor-presidente\n da agência, Dirceu Barbano. Segundo ele, essa é uma data provável, considerando\n que a Anvisa prevê que a empresa responsável pelo certame, a Cetro, terá até 60\n dias para organizar um novo concurso. A prova aplicada no dia 2 deste mês foi\n anulada porque foram verificadas irregularidades em três estados. Os mais de\n 125 mil candidatos em todo o país terão de fazer uma nova avaliação, elaborada\n pela mesma banca, apesar do ocorrido. Estima-se que entre 2 mil e 3 mil pessoas\n tenham tido problemas no dia da prova.\n \n Segundo Barbano, um novo concurso terá de ser feito nacionalmente,\n para todos os cargos, porque não é possível garantir que não vazaram\n informações a outros candidatos. "Ainda que os problemas identificados se\n refiram a apenas algumas pessoas, não é possível afirmar que não tenha havido\n contaminação para o restante. Não podemos ter o concurso gerando qualquer\n atitude não isonômica de participação dos candidatos.”\n \n Ainda em relação ao novo certame, caso algum candidato não tenha\n interesse em fazê-lo, a Cetro terá de reembolsar o valor da taxa de inscrição –\n R$ 70 para as provas de nível superior, R$ 50, para as de nível médio. Os\n candidatos que não compareceram ao concurso no último final de semana não\n poderão fazer a prova. Não será permitida também a entrada de novos candidatos.\n \n As pessoas que, no dia da prova, tenham comprovadamente adotado\n alguma conduta que contrarie as orientações estabelecidas em edital serão\n automaticamente desclassificadas do concurso. Houve constatação, por exemplo,\n de que candidatos entraram em sala de prova portando telefones celulares – o\n que era expressamente proibido no edital.\n \n “A obrigação de não portar celular é do candidato. Não há como\n transferir a responsabilidade do candidato para a banca. E isso incorre em um\n possível crime, porque gera um prejuízo enorme ao conjunto dos candidatos e à\n instituição [Cetro]”, explicou o diretor-presidente.\n \n Segundo ele, foram identificados problemas na abertura dos\n envelopes contendo as provas, na ausência de detectores de metais em alguns\n locais e em cartões de resposta com itens trocados.\n \n Em relação à Cetro, a Anvisa irá apurar o cumprimento do contrato\n pela banca e aplicar as penalidades previstas. A empresa ainda será advertida\n sobre a possibilidade de não poder mais participar de licitação para prestação\n de serviços a órgãos ou empresas públicas por dois anos, caso problemas se\n repitam na próxima aplicação da prova.\n \n No dia seguinte ao concurso (3), depois de constatar problemas\n ocorridos na aplicação do certame no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e em Alagoas,\n a agência pediu esclarecimentos à banca organizadora. De acordo com o\n diretor-presidente da Anvisa, a Cetro informou, em um primeiro momento, que não\n tinha condições de se posicionar de forma clara sobre o que tinha acontecido,\n pois precisava receber os relatórios das salas de prova, com informações mais\n detalhadas sobre o assunto.\n \n \n \n \n