Quarta-Feira, 25 de Dezembro de 2024
Geral
22/09/2013 11:05:30
Número de reclamações no Procon quase dobrou no primeiro semestre
Nem o descaso de determinadas empresas e prestadoras de serviço faz os consumidores desistirem de fazer valer os direitos.

CGNews/PCS

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\n \n Nem\n o descaso de determinadas empresas e prestadoras de serviço faz os consumidores\n desistirem de fazer valer os direitos. Amparados pelo Código de Defesa de\n Consumidor e mais conscientes do estrago que um mau atendimento pode causar\n para a marca, os insatisfeitos “batem o pé” até recuperar o dinheiro gasto na\n compra.\n \n Com\n isso, o número de reclamações e de processos administrativos no Procon/MS quase\n dobrou no primeiro semestre de 2013 comparado com ao mesmo período de 2012.\n “Com as denúncias, as empresas se tornam mais zelosas no trato com o cliente,\n porque sabem que podem ter a imagem manchada ao vigorar no ranking das mais\n reclamadas. Quem é que vai querer comprar de uma marca que não atende bem o\n consumidor?”, questiona o superintendente do órgão no Estado, Alexandre\n Rezende.\n \n Prestes\n a mudar para um novo apartamento, Jacqueline Naujorks, 30 anos, comprou um sofá\n no dia 31 de agosto e, até hoje, quase um mês depois, enfrenta problemas com a\n loja. “Preciso de um sofá que não seja de tecido, porque sofro de asma e não\n posso correr o risco de ficar perto de mofo. O problema é que o sofá que chegou\n para mim, era completamente o oposto ao que eu precisava: veio completamente\n mofado”, conta, e acrescenta ter ficado três dias internada por causa de crises\n alérgicas. Jacqueline fez fotos para documentar o problema, caso precisasse acionar\n judicialmente a empresa que fez a venda.\n \n Depois\n de dois novos sofás – que chegaram com o mesmo problema, reclamações em órgãos\n de defesa do consumidor e paciência para enfrentar intermináveis negociações,\n ora com o SAC, ora com o gerente da loja, Jacqueline recebeu a garantia de que,\n na próxima terça-feira (24), o quarto sofá chegará em bom estado. “Nesse meio\n tempo tive prejuízos enormes. São os gastos com o hospital, fora que, até hoje,\n não consegui mudar para o apartamento novo e estou pagando dois aluguéis porque\n também se recusam a tirar o sofá, que foi para o novo endereço, até que um novo\n seja entregue. Não posso ficar na mesma casa onde está o sofá que me causou\n alergias e me fez parar no hospital”.\n \n A\n dor de cabeça de Carlos Henrique foi diferente, mas ele também não deixou\n passar o erro da empresa e registrou um boletim de ocorrência contra uma\n operadora de cartão de crédito. O valor da fatura, que venceu no dia último dia\n 26, era de R$ 430, mas, ao checar o recibo, Carlos percebeu que constava o\n pagamento de apenas R$ 32,60.\n \n “Procurei\n o gerente da loja onde tinha feito o pagamento e ele me disse que não poderia\n fazer nada, e que eu procurasse a empresa do cartão. Não consegui resolver com\n eles e vou registrar a ocorrência porque acho que a caixa agiu de má fé, já que\n segundo o gerente a diferença não apareceu no balanço da empresa”, conta. A\n intenção é ter o problema registrado formalmente, caso precise mover alguma\n ação judicial se a dívida for cobrada ou o nome incluído em serviços de\n proteção ao crédito.\n \n Para\n Rezende, o consumidor também está mais informado sobre como proceder. “Hoje, já\n tomam precauções como tirar fotos e documentar todo o problema, porque é\n justamente nestas provas que o consumidor pode ser favorecido em um tribunal de\n pequenas causas ou no próprio Procon”, afirma.\n \n O\n consumidor que se sentir lesado de qualquer forma pode denunciar pelo\n disque-denúncia do Procon, pelo 151, ou ir pessoalmente até a sede do órgão em\n Campo Grande,na Rua Treze de Junho, 930.\n \n \n \n \n
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