\n \n A\n Organização das Nações Unidas (ONU), por intermédio do escritório de direitos\n humanos da entidade, defendeu que o governo do Brasil adote as medidas necessárias\n para garantir a liberdade às manifestações no país. Em comunicado, o escritório\n recomendou a busca pelo diálogo, o fim da violência na repressão aos protestos\n e investigações sobre os casos de arbitrariedade.\n \n O\n porta-voz do escritório de direitos humanos das Nações Unidas, Rupert Colville,\n elogiou a presidenta Dilma Rousseff por demonstrar compreender os anseios da\n sociedade. “Parabenizamos a declaração da presidenta Dilma Rousseff ao afirmar\n que as manifestações pacíficas são legítimas, bem como o acordo na\n segunda-feira [17] para que a polícia de São Paulo não use balas de borracha”,\n disse ele.\n \n Porém,\n Colville disse estar preocupado com os relatos enviados ao escritório das\n Nações Unidas. Segundo ele, há relatos sobre danos, ferimentos, prisões e detenções\n e arbitrariedades. “Algumas organizações da sociedade civil têm também\n denunciado a arbitrariedade de algumas dessas detenções”, ressaltou ele, em\n entrevista coletiva, concedida em Genebra, na Suíça.\n \n “Instamos\n todas as partes envolvidas para que se envolvam [na busca por] um diálogo\n aberto para encontrar soluções para o conflito e as alternativas para lidar com\n as demandas sociais legítimas, em como para evitar mais violência”, disse\n Colville.\n \n No\n comunicado, a ONU diz que os protestos foram motivados pelo aumento dos preços\n das passagens dos transportes públicos, pelos gastos com a Copa Mundo de 2014 e\n as Olimpíadas do Rio em 2016. “Com mais protestos planejados, estamos, contudo,\n preocupados com o uso excessivo da força policial relatada nos últimos dias,\n [que] não deve ser repetida”, diz o texto.\n \n Em\n seguida, Colville acrescentou que: “Apelamos ao governo do Brasil a tomar todas\n as medidas necessárias para garantir o direito de reunião pacífica e evitar o\n uso desproporcional da força durante os protestos. Também solicitamos às\n autoridades que realizem investigações imediatas, completas, independentes e\n imparciais sobre o alegado uso excessivo da força”.\n \n \n \n \n