Geral
21/11/2013 10:37:11
Pais do padrasto de Joaquim retiram roupas da casa da família em Ribeirão
Apesar de não confirmar a data e o horário da reconstituição para evitar a aglomeração de populares e curiosos no local, o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pelo caso, não descarta que ela seja realizada ainda nesta quinta-feira (21).
G1/LD
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Às vésperas da reconstituição do desaparecimento do menino Joaquim Ponte\n Marques, Dimas Longo e Augusta Raymo Longo, pais do padrasto do garoto -\n considerado pela polícia como principal suspeito da morte da criança - voltaram\n à casa onde a família morava, na noite desta quarta-feira (20), em Ribeirão\n Preto (SP), para recolher peças de roupa e objetos pessoais. Vizinhos\n acompanharam a movimentação.\n \n Apesar de não confirmar a data e o horário da reconstituição para evitar a\n aglomeração de populares e curiosos no local, o delegado Paulo Henrique Martins\n de Castro, responsável pelo caso, não descarta que ela seja realizada ainda\n nesta quinta-feira (21). Castro afirma que o recurso é imprescindível para\n conclusão do inquérito. Temos que esgotar todas as possibilidades.\n \n O delegado diz que a realização da reconstituição ainda depende de um\n esquema reforçado de segurança nas proximidades da casa onde Joaquim morava com\n a mãe, a psicóloga Natália Ponte, e o padrasto, o técnico em TI Guilherme\n Longo. "Não sei quantos policiais serão deslocados, mas será um grande\n contingente, afirmou Castro nesta quarta-feira. O casal está preso há 21 dias\n e alega inocência.\n \n A ida dos pais do padrasto à casa, no entanto, não deve atrapalhar o\n trabalho da Polícia Civil, já que os objetos necessários à investigação, como\n computadores e peças de roupa de Joaquim, foram apreendidos e retirados do\n local no dia 12 de novembro. O imóvel pertence ao pai de Guilherme, Dimas\n Longo.\n \n Nesta quarta-feira, durante cerca de 15 minutos, Dimas e a mulher, Augusta\n Raymo Longo, estiveram na residência e saíram com objetos amarrados em dois\n lençóis. O casal mora a poucos quarteirões dali, no bairro Jardim Independência.\n \n A última vez que Dimas e Augusta estiveram na casa foi na última terça-feira\n (19), durante a instalação de cercas de arame com farpas nos muros e sobre o\n portão. A medida foi tomada porque pessoas estariam invadido o local. Desde que\n o corpo de Joaquim foi encontrado, no dia 10 de novembro, a casa em que o\n garoto morava tornou-se ponto de peregrinação: flores, ursos de pelúcia,\n brinquedos e cartazes com homenagens e mensagens de protesto são deixados em\n frente ao imóvel por moradores.\n \n Reconstituição
\n Durante a reconstituição, a polícia deve refazer os passos do padrasto do\n menino na madrugada em que Joaquim desapareceu. Em depoimento, Guilherme Longo\n afirmou que saiu da casa para comprar drogas, não teria encontrado o que\n procurava e retornou cerca de 40 minutos depois. Ele teria trancado o portão,\n mas apenas encostado a porta para não acordar a mulher, Natália Ponte.\n \n A polícia também quer saber se, do quarto onde Natália dormia, nos fundos do\n imóvel, era possível ouvir barulho do menino sendo retirado do outro quarto.\n Outro momento a ser reconstituído é aquele em que a mãe o padrasto descobrem\n que o garoto não estava mais dentro de casa. Em depoimento, Longo afirmou que o\n casal notou a ausência de Joaquim por volta de 7h30, quando foram aplicar insulina\n no menino, que sofria de diabetes.\n \n Castro já havia afirmado que Natália e Longo devem participar da\n reconstituição separadamente. Os dois devem ser intimados, mas não têm\n obrigação de participar, caso os advogados de defesa julguem que isso possa incriminá-los.\n \n Natália e Longo estão presos temporariamente desde que o corpo de Joaquim\n foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), na tarde de 10 de novembro. O\n casal já prestou depoimento diversas vezes na Delegacia de Investigações Gerais\n de Ribeirão Preto (SP) e, segundo Castro, ainda devem ser ouvidos novamente até\n o fim da semana.\n \n O caso
\n Joaquim desapareceu de dentro de casa, em Ribeirão Preto (SP), na madrugada de\n 5 de novembro. O corpo foi encontrado cinco dias depois, boiando no Rio Pardo.\n Ele foi enterrado na segunda-feira (11), em São Joaquim da Barra (SP), cidade\n natal da mãe.\n \n A mãe e o padrasto estão presos temporariamente, considerados suspeitos de\n envolvimento no sumiço e na morte da criança. A Justiça decretou a prisão\n temporária do casal por 30 dias. Nesta segunda-feira (18), a Justiça também\n negou o pedido de revogação da prisão de Longo, que deve pedir habeas corpus\n junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo.\n \n O promotor que acompanha o caso, Marcus Túlio Nicolino, afirmou que a\n polícia e o Ministério Público continuam trabalhando com a linha de que o\n assassino estava dentro da casa.\n \n A polícia suspeita que Joaquim, que era diabético, tenha recebido uma alta\n dosagem de insulina, e que teria o levado à morte. Segundo o Instituto Médico\n Legal (IML), não é possível determinar a causa da morte da criança. As únicas\n lesões encontradas no corpo do menino foram na pele, em razão dos dias em que\n foi arrastado pelo rio. De acordo com o laudo, não foi encontrada água nos\n pulmões de Joaquim, o que indica que não houve afogamento.\n \n O delegado aguarda o resultado dos testes toxicológicos feitos nos órgãos da\n criança e que devem ficar prontos em 20 dias. Para especialistas, a morte\n causada por excesso de insulina pode não ser detectada nos exames, já que o\n hormônio é rapidamente processado pelo organismo.\n \n Segundo a polícia, nos depoimentos prestados até agora o casal apresenta\n contradições. Natália descreve um perfil agressivo do marido e diz que ele\n sentia ciúmes dela e do enteado. Ela conta que já foi ameaçada de morte por\n Longo e que ele castigava Joaquim. Sobre a relação do casal, Natália afirma que\n desde janeiro os dois começaram a se desentender.\n \n No entanto, Longo nega as agressões e ameaças, e diz que não é uma pessoa\n ciumenta. Ele afirma que tinha um bom relacionamento com Joaquim e que era\n muito carinhoso com o menino. Segundo ele, o relacionamento com Natália começou\n a ter um desgaste em setembro deste ano, quando ela descobriu que ele havia\n voltado a usar cocaína.
\n Durante a reconstituição, a polícia deve refazer os passos do padrasto do\n menino na madrugada em que Joaquim desapareceu. Em depoimento, Guilherme Longo\n afirmou que saiu da casa para comprar drogas, não teria encontrado o que\n procurava e retornou cerca de 40 minutos depois. Ele teria trancado o portão,\n mas apenas encostado a porta para não acordar a mulher, Natália Ponte.\n \n A polícia também quer saber se, do quarto onde Natália dormia, nos fundos do\n imóvel, era possível ouvir barulho do menino sendo retirado do outro quarto.\n Outro momento a ser reconstituído é aquele em que a mãe o padrasto descobrem\n que o garoto não estava mais dentro de casa. Em depoimento, Longo afirmou que o\n casal notou a ausência de Joaquim por volta de 7h30, quando foram aplicar insulina\n no menino, que sofria de diabetes.\n \n Castro já havia afirmado que Natália e Longo devem participar da\n reconstituição separadamente. Os dois devem ser intimados, mas não têm\n obrigação de participar, caso os advogados de defesa julguem que isso possa incriminá-los.\n \n Natália e Longo estão presos temporariamente desde que o corpo de Joaquim\n foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), na tarde de 10 de novembro. O\n casal já prestou depoimento diversas vezes na Delegacia de Investigações Gerais\n de Ribeirão Preto (SP) e, segundo Castro, ainda devem ser ouvidos novamente até\n o fim da semana.\n \n O caso
\n Joaquim desapareceu de dentro de casa, em Ribeirão Preto (SP), na madrugada de\n 5 de novembro. O corpo foi encontrado cinco dias depois, boiando no Rio Pardo.\n Ele foi enterrado na segunda-feira (11), em São Joaquim da Barra (SP), cidade\n natal da mãe.\n \n A mãe e o padrasto estão presos temporariamente, considerados suspeitos de\n envolvimento no sumiço e na morte da criança. A Justiça decretou a prisão\n temporária do casal por 30 dias. Nesta segunda-feira (18), a Justiça também\n negou o pedido de revogação da prisão de Longo, que deve pedir habeas corpus\n junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo.\n \n O promotor que acompanha o caso, Marcus Túlio Nicolino, afirmou que a\n polícia e o Ministério Público continuam trabalhando com a linha de que o\n assassino estava dentro da casa.\n \n A polícia suspeita que Joaquim, que era diabético, tenha recebido uma alta\n dosagem de insulina, e que teria o levado à morte. Segundo o Instituto Médico\n Legal (IML), não é possível determinar a causa da morte da criança. As únicas\n lesões encontradas no corpo do menino foram na pele, em razão dos dias em que\n foi arrastado pelo rio. De acordo com o laudo, não foi encontrada água nos\n pulmões de Joaquim, o que indica que não houve afogamento.\n \n O delegado aguarda o resultado dos testes toxicológicos feitos nos órgãos da\n criança e que devem ficar prontos em 20 dias. Para especialistas, a morte\n causada por excesso de insulina pode não ser detectada nos exames, já que o\n hormônio é rapidamente processado pelo organismo.\n \n Segundo a polícia, nos depoimentos prestados até agora o casal apresenta\n contradições. Natália descreve um perfil agressivo do marido e diz que ele\n sentia ciúmes dela e do enteado. Ela conta que já foi ameaçada de morte por\n Longo e que ele castigava Joaquim. Sobre a relação do casal, Natália afirma que\n desde janeiro os dois começaram a se desentender.\n \n No entanto, Longo nega as agressões e ameaças, e diz que não é uma pessoa\n ciumenta. Ele afirma que tinha um bom relacionamento com Joaquim e que era\n muito carinhoso com o menino. Segundo ele, o relacionamento com Natália começou\n a ter um desgaste em setembro deste ano, quando ela descobriu que ele havia\n voltado a usar cocaína.
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