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ImprimirO PrevFogo, órgão vinculado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nunca contratou tantos brigadistas para o combate aos incêndios do Pantanal em Mato Grosso do Sul como neste ano. Ao todo, serão 145 profissionais atuando contra o fogo no bioma em 2024.
A última liberação para os contratos foi realizada nesta segunda-feira (10). O Ibama autorizou a contratação de 45 novos brigadistas para atuarem no combate aos incêndios no Pantanal. A medida foi publicada, nesta segunda-feira (10), no Diário Oficial da União (DOU).
A portaria com as novas contratações foi publicada durante momento crítico no bioma. Neste ano, a temporada das chamas, que começaria em julho, chegou mais cedo e com força: em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, os focos de incêndio nos seis primeiros meses de 2024 aumentaram 1025% se comparados ao mesmo período de 2023.
O responsável pelo PrevFogo em Mato Grosso do Sul, Márcio Yule, comentou que o maior número de contratados havia sido registrado em 2023, quando 142 brigadistas foram admitidos.
"Nunca contratamos tanto. A metade dos contratados já começou a trabalhar em 1º de junho. Os outros 70 brigadistas vão iniciar o trabalho agora em julho e seguem até o fim de dezembro", destacou Yule em entrevista ao g1. As brigadas contam com a seguinte equipe:
1 brigadista chefe de brigada;
2 brigadistas chefes de esquadrão;
12 brigadistas, para a prevenção e combate aos incêndios florestais.
Yule especificou as quantidades de brigadistas federais por região de atuação, em Mato Grosso do Sul. Veja a descrição abaixo:
Pronto Emprego Corumbá - 45 brigadistas;
Brigada Federal Indígena (BRIF) Alves de Barros (Porto Murtinho) - 25 brigadistas;
BRIF Tomazia (Porto Murtinho) - 25 brigadistas;
BRIF Limão Verde (Aquidauana) - 16 brigadistas;
BRIF Taunay Ipegue (Aquidauana) - 18 brigadistas;
BRIF Cachoeirinha (Miranda) - 15 brigadistas;
Um Supervisor em Campo Grande.
Fogo no Pantanal
Em Mato Grosso do Sul (onde está 60% do Pantanal no Brasil) foram registrados 698 focos, entre janeiro e junho de 2024. No ano passado, foram 62 no mesmo período. Em Mato Grosso (onde fica 40% do bioma), foram 495 focos de incêndio em 2024, contra 44 em 2023. Somando os números dos dois estados, foram:
2024: 1193 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 7 de junho;
2023: 106 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 7 de junho.
Os dados são do Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e também revelam que, em 2024, o Pantanal já tem o 2º maior índice de incêndios desde 2010, atrás apenas de 2020, quando o fogo consumiu cerca de 4 milhões de hectares -- o equivalente a cerca de 26% do bioma.
Especialistas explicam que o período das chamas no Pantanal, que seria entre os meses de julho e agosto, pode durar até seis meses. Porém, neste ano, o fogo chegou mais cedo, e a seca também.