\n \n Enquanto\n pescava com amigos no Rio Dois Irmãos, na localidade de Porto Jofre, em Poconé,\n a 104 quilômetros\n de Cuiabá, região do Pantanal mato-grossense, o engenheiro agrônomo Juliano\n Macedo flagrou o momento em que uma onça pintada capturou um jacaré na beira do\n rio. O grupo com o qual ele estava, em um barco a motor, no último sábado (20),\n recebeu uma informação, via rádio, de que a onça estava nas margens do rio e\n foi até o local para vê-la.\n \n Eles\n foram avisados por outros turistas que, segundo ele, passam horas observando a\n mata na tentativa de ver o animal de perto. "Quando nós chegamos ela\n estava sozinha na beira do rio. Daí viu o jacaré e pegou", contou. Segundo\n Juliano, o animal ficou por cerca de 10 minutos no local e depois voltou para a\n mata. "Estávamos pescando, vimos a onça e peguei a câmera de uma colega\n que estava no barco também para tirar foto", afirmou, ao lembrar que\n naquele final de semana ele e os colegas viram quatro onças perto dos rios.\n \n Eles\n pararam o barco a aproximadamente 20 metros do local onde a onça estava, apesar\n de saber do perigo que corriam. "Ela esturrava perto de nós, mas qualquer\n coisa se ela viesse a gente seguiria, pois o barco estava com o motor ligado. O\n único problema era se o motor falhasse", disse, em tom de brincadeira. No\n barco, tinha quatro pessoas. O engenheiro contou que essa foi a primeira vez\n que tinha ido pescar nessa região.\n \n De\n acordo com a professora Sandra Correia, coordenadora de Animais Silvestres do\n Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é comum\n onças atacarem jacarés, como presas, independentemente do tamanho. "É\n lógico que se o jacaré for maior o risco na hora da captura é maior",\n disse. Ela explicou ainda que, normalmente, elas devoram só algumas partes, já\n que algumas são de dificíl digestão. "Em geral, a gente encontra restos da\n carcaça", disse.\n \n \n \n \n