Terça-Feira, 24 de Dezembro de 2024
Geral
09/11/2012 09:00:00
Ponto cego é descoberto no prédio da família Matsunaga
O prédio do casal Matsunaga, na Vila Leopoldina, Zona Oeste, tem um ponto cego entre a garagem e a área de serviço do apartamento onde Marcos, executivo da Yoki, foi esquartejado pela mulher Elize.

Terra/LD

Imprimir
\n \n O prédio do casal Matsunaga, na Vila Leopoldina, Zona Oeste, tem\n um ponto cego entre a garagem e a área de serviço do apartamento onde Marcos,\n executivo da Yoki, foi esquartejado pela mulher Elize. A possibilidade de\n entrada e saída do edifício sem monitoramento pelas câmeras reforça a suspeita\n da participação de outra pessoa na execução do crime, afirma o Ministério\n Público. \n \n Laudo do IML (Instituto Médico Legal) revelou a presença de\n material genético masculino no apartamento incompatível ao de Marcos e Elize,\n um indicativo de que outra pessoa esteve no local. A perícia também constatou\n dois tipos de cortes diferentes no corpo do executivo, um deles com precisão\n cirúrgica e o outro de alguém sem conhecimento técnico. O resultado desses\n exames fez com que o Ministério Público exigisse um outro inquérito policial.\n \n A existência do ponto cego no prédio dos Matsunaga foi confirmada\n pelo síndico e subsíndico do edífício e reforçada por Luiz Carlos Lózio,\n funcionário da Yoki e amigo de Marcos, que prestou depoimento anteontem. \n \n Durante a investigação, a polícia sempre descartou a hipótese de\n Elize ter um comparsa. A prova usada para sustentar essa tese era a imagem das\n câmeras do elevador que mostram a acusada saindo do prédio sozinha com três\n malas.\n \n Elize sabia do ponto cego. Ela chegou a fazer comentários sobre a\n falha no sistema de monitoramento do edifício a uma testemunha que já prestou\n depoimento à polícia. \n \n O promotor José Carlos Cosenzo, responsável pela denúncia de\n Elize, diz que a descoberta abre um leque de possibilidades para coautoria do\n assassinato. Dez pessoas que tinham acesso ao apartamento serão submetidas a\n exame de DNA. “Tecnicamente, existe a certeza de uma terceira pessoa no momento\n do crime”, diz Consenzo.\n \n O DIÁRIO entrou em contato com o advogado da acusada, Luciano\n Santoro, durante toda a tarde de ontem, sem sucesso. Elize está presa na\n Penitenciária Feminina de Tremembé, a 135 quilômetros da capital.\n \n Legista vai prestar depoimento na próxima\n segunda\n \n O médico legista José Pereira de Oliveira, diretor do Centro de\n Perícias do IML e responsável pelo laudo do caso Matsunaga, deve prestar outro\n depoimento na próxima segunda-feira, afirma o Ministério Público.\n \n O promotor José Carlos Consenzo pretende esclarecer detalhes sobre\n o laudo cujo resultado revelou que Marcos foi decapitado vivo. Anteontem, a\n babá da filha do casal Matsunaga, Mauriceia José Gonçalves dos Santos, de 42\n anos, revelou que Elize comprou uma serra elétrica em Cascavel, Paraná, no dia\n em que esquartejou o marido. O delegado Jorge Carlos Carrasco, diretor do DHPP\n (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), diz que a investigação vai\n apurar “onde o equipamento foi comprado, se é que foi comprado”.\n \n Oliveira explicou que seu laudo revela apenas o agente da morte e\n não os instrumentos usados pelo assassino. É preciso um novo exame de\n comparação, explica o legista, para saber se Elize e o possível comparsa\n realmente usaram uma serra elétrica para esquartejar Marcos. \n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias