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ImprimirDois amigos de Adriano Correia do Nascimento, morto aos 33 anos pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, entraram com um processo contra o réu por danos morais. Os dois estavam com Adriano no dia do crime e também acabaram feridos. O caso aconteceu em 31 de dezembro de 2016, na Avenida Ernesto Geisel.
O juiz federal Renato Toniasso designou para o dia 5 de maio de 2021 a audiência de instrução, em que serão ouvidos depoimentos dos autores da ação e do réu Ricardo. Conforme a peça, naquele dia 31 de dezembro Ricardo tentou matar os três homens, por motivo fútil. Deste fato resultou a morte de Adriano.
Entenda o caso
A princípio, Ricardo estava a caminho do local de trabalho quando quase ocorreu uma colisão entre os veículos do policial e de Adriano. Então, ele teria barrado a passagem dos três ocupantes da camionete, quando Adriano manobrou o veículo para sair e Ricardo atirou. Neste momento, um dos passageiros pulou da camionete e fraturou um membro do corpo.
Já o outro ocupante foi atingido por tiros, mas foi socorrido e se recuperou. Adriano, que também foi ferido a tiros, morreu no local. É de entendimento dos autores da ação que o policial agiu com desproporção e ainda no dia do crime não apresentou elementos que comprovassem que ele era um policial.
O réu chegou a contestar a ação, em que foi feito pedido de indenização de R$ 200 mil para cada autor. Também foi feito pedido de suspensão do processo, não atendido pelo juiz.
Condenação
Ricardo foi a júri popular pelo homicídio e acabou condenado a 23 anos de prisão. Ele ainda recorreu da sentença e pediu anulação do julgamento, mas o pedido não foi aceito.