Agência Brasil/LD
ImprimirA cidade de São Vicente (SP), com cerca de 350 mil habitantes, registrou quatro casos de microcefalia em 2015. Segundo a prefeitura, no ano passado, a cidade anotou um caso. Em 2015, os casos foram registrados em agosto (1), setembro (1) e novembro (2).
De acordo com a prefeitura, uma das mães, que estava internada até ontem, relatou ter apresentado sintomas da dengue durante a gestação. No entanto, a prefeitura não confirmou a doença porque a gestante não fez o exame de detecção do vírus da dengue.
A prefeitura de São Vicente disse que o Ministério da Saúde investiga os casos, e que a cidade foi orientada a reportar todos os registros de microcefalia no município. Segundo o Ministério da Saúde, os casos de São Vicente estão em análise e, se confirmados, serão anotados no boletim epidemiológico na próxima terça-feira.
Ontem, o secretário de Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha, disse que os dois casos de microcefalia registrados na capital paulista são de gestantes procedentes de Pernambuco e da Paraíba e que apresentaram sintomas de vírus Zika no início da gravidez, quando moravam no Nordeste.
Uma delas deu à luz na semana passada no Hospital Municipal Mário Degni, no Butantã, zona oeste da capital. A outra recebeu o diagnóstico de microcefalia em um exame de imagem.
Padilha disse que os casos de microcefalia são investigados para verificar uma possível relação com o vírus Zika.
O secretário ressaltou que a população precisa reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite tanto o vírus Zika quanto o da dengue, pois a dengue é potencialmente mais grave para uma gestante do que o vírus Zika.
Ele disse que, para as gestantes ou mulheres que desejam engravidar, é preciso reforçar os cuidados, principalmente dentro de casa, combatendo os criadouros do mosquito. É importante também que a gestante faça sempre o pré-natal desde o início da gravidez.
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Essa condição pode ter diversas causas, como agentes químicos e infecções (caso do Zika). Crianças com microcefalia desenvolvem, em 90% dos casos, algum nível de retardo mental.