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Geral
17/10/2013 09:00:00
Senado negocia liberação no Brasil de medicamento contra câncer da medula óssea
O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Waldemir Moka (PMDB-MS), anunciou que um grupo de senadores vai negociar com o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, a liberação no Brasil da substância lenalidomida, para tratamento do mi

Correio do Estado/LD

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\n \n \n \t O presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Waldemir \n Moka (PMDB-MS), anunciou que um grupo de senadores vai negociar com o \n diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),\n Dirceu Barbano, a liberação no Brasil da substância lenalidomida, para \n tratamento do mieloma múltiplo, um dos tipos de câncer que atinge a \n medula óssea.\n \n \t O anúncio foi feito após a audiência pública sobre o tema realizada \n nesta quinta-feira (17) pelo colegiado. “Consideramos a liberação \n urgente e essencial e já marcamos uma conversa com a direção da Anvisa \n para a próxima terça-feira”, informou o presidente.\n \n \t Por sugestão de Moka, será formado um grupo de trabalho com a \n participação das senadoras Ana Amélia (PP-RS), Lídice da Mata (PSB-BA), \n do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e de especialistas que estiveram na \n audiência.\n \n \t Os convidados alegaram que o uso da substância já é liberado em 78 \n países e o Brasil está em atraso no tratamento da doença. “Enquanto nos \n Estados Unidos já foram aprovados mais três novos medicamentos para \n tratar o mieloma, a agência brasileira faz uma análise equivocada. \n Estamos lutando contra o tempo”, alertou o hematologista Angelo \n Maiolino, do Comitê Científico Médico da Associação Brasileira de \n Linfoma e Leucemia (Abrale).\n \n \t A talidomida, também usada para tratar as vítimas da doença, é \n encontrada no Sistema Único de Saúde (SUS), pelo preço mais barato, mas a\n lenalidomida foi reprovada pela Anvisa em 2005.\n \n \t A senadora Ana Amélia, autora do requerimento para a realização do \n debate, lembrou que os pacientes estão importando o produto a um valor \n alto. “O remédio que poderia ser vendido no país por R$ 2 mil, tem um \n custo de até R$ 16 mil porque precisa ser importado. Enquanto isso, \n muitos pacientes morrem desse tipo de câncer”, ressaltou.\n \n \t Laura Castanheiras, da Gerência Geral de Medicamentos da Anvisa, \n admitiu que a agência pode rever a decisão, mas um novo registro deverá \n se solicitado. “Há novos estudos que não foram considerados”, admitiu.\n \n \t Atualmente no Brasil, os pacientes de mieloma múltiplo estão \n conseguindo o remédio por meio de decisões judiciais. A doença, que não \n tem cura, afeta a produção de glóbulos vermelhos e compromete o sistema \n de defesa do organismo.\n \n \t Também participaram da audiência pública, representantes da Defensoria \n Pública da União, do Laboratório Zodiac Produtos Farmacêuticos e da \n International Myeloma Fundation Latin America. A Fundação Internacional \n entregou à agência um abaixo-assinado com mais de 20 mil assinaturas a \n favor da liberação da lenalidomida.nbsp;\n \n
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