\n \n A Governadora em exercício, Simone Tebet (PMDB) afirmou em evento\n de posse dos novos secretários de Governo na manhã desta sexta-feira (12), que\n o erro na adesivagem dos ônibus escolares é da empresa contratada para fazer o\n serviço. \n \n A denúncia foi feita com exclusividade pelo Midiamax, após\n reportagem flagrar adesivagem do programa federal Caminhos da Escola, sendo\n substituida por material de propaganda indicando doação do Governo de Mato\n Grosso do Sul. \n \n Simone Tebet transferiu a responsabilidade de fiscalização do\n gestor público e disse à imprensa que o erro foi cometido pelo rapaz que fez a\n adesivagem, que adesivou em local errado nos ônibus grandes. “O erro foi deles\n e a empresa vai ter que assumir”, destacou, sem informar o nome da empresa. \n \n Ela disse que assim que o Governador André Puccineli (PMDB) chegar\n - que está viajando para China e Itália - haverá mais informações. \n \n Questionada sobre o valor que teria sido gasto com a compra do\n material de propaganda, Simone se restringiu a dizer que “o gasto é de\n responsabilidade da empresa”, sinalizando que a prestadora de serviços é quem\n vai ter que devolver os recursos para os cofres públicos. \n \n Chapéu alheio \n \n A reportagem do Midiamax flagrou cerca de 100 ônibus escolares\n parados no pátio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão\n Rural) para a adesivagem, enquanto crianças de todo o interior precisam dos\n veículos para chegar à escola. No local haviam mesas com pedaços de adesivos\n para serem colados aos veículos. \n \n Os materiais de propaganda do Governo de MS seriam colados em\n cerca de 300 ônibus 0km, doados pelo programa federal Caminhos da Escola, do\n FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), cujos adesivos estavam\n sendo escondidos pela logomarca da administração de Puccinelli. \n \n Nas laterais, os adesivos chegavam a trazer ainda a seguinte\n informação: “Doado pelo Governo do Estado de MS”. \n \n O MEC (Ministério da Educação) desmentiu a doação do governador.\n “Não consta nos nossos registros aquisições feitas com recursos próprios ou\n contratados junto ao BNDES pelo Governo do Estado de MS”. Ou seja, nenhum dos\n ônibus foi comprado com dinheiro vindo do caixa do Governo do Estado e assim\n não poderia ter sido “doado” por Puccinelli aos municípios. \n \n O Ministério fez questão de ressaltar ainda que “nenhum ente\n Federado tem autorização para alterar a caracterização visual dos veículos,\n inclusive quanto as marcas institucionais, pois estas são contidas nas\n especificações do editais do processo licitatório”. \n \n A Secretaria de Educação, Nilene Badeca, foi notificada e alegou\n ao MEC ter ocorrido uma “falha técnica”.