Midiamax/LD
ImprimirA Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou, nesta segunda-feira, 27, a edição de junho do BMA - Boletim de Monitoramento Agrícola. Em Mato Grosso do Sul, a Conab destaca que predominou o tempo seco, o que favoreceu a maturação e a colheita dos cultivos de segunda safra. O estudo mostra que nas primeiras semanas do mês, os acumulados de chuva foram maiores nas regiões Norte e Sul, além das faixas leste e norte da região Nordeste.
Ainda de acordo com o estudo, foi observada a redução das temperaturas em todo o Brasil em razão da proximidade da estação climática de inverno, além da ocorrência de geadas nos estados da região Sul e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Contudo, isso não acarretou em danos significativos para os cultivos de segunda safra e inverno. O documento mostra também que, no período em análise, é possível verificar a baixa umidade do solo, principalmente no oeste e norte da Bahia, no norte e noroeste de Minas Gerais e centro-norte de Goiás, além do centro-sul de Tocantins, sul do Maranhão, sudoeste do Piauí, da faixa leste de Mato Grosso, do norte de Mato Grosso do Sul e do noroeste de São Paulo. Isso significa que as lavouras em estágios reprodutivos ficaram sob restrição hídrica nessas regiões.
Por outro lado, foi observada boa disponibilidade hídrica nas regiões Sul e parte sul dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, o que favoreceu o desenvolvimento dos cultivos de segunda e terceira safra e de inverno. Devido ao excedente hídrico, a semeadura dos cultivos de inverno foi suspensa em algumas localidades da região Sul. Quanto ao índice de vegetação, apesar das restrições hídricas, a semeadura antecipada do milho segunda safra permitiu que as lavouras se desenvolvessem de forma similar ou melhor que as últimas safras na maioria das regiões monitoradas.
O BMA é resultado da parceria entre a Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam). O estudo fornece informações sobre as condições agrometeorológicas e a interpretação do comportamento das lavouras em imagens de satélites e no campo. Essas informações servem como subsídios para a realização das estimativas de safra realizadas pela Companhia, todos os meses.