Na manhã desta quarta-feira (10), o Arquivo Público Estadual apresentou tereré como patrimônio cultural do estado para internos e funcionários da Unidade de Internação Provisória Novo Caminho. A palestra foi uma preparação para um projeto do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em que os internos irão participar na próxima terça-feira (16).

Na ocasião, eles irão fazer uma apresentação sobre o tereré como parte do projeto “Caminhos Literários”, que está sendo realizado pelo terceiro ano, do qual irão participar, ao todo, 90 Unidades de Internação Provisória (Uneis) de todo o país.

Ronaldo Viana Taveira, diretor da Unidade de Internação Provisória Novo Caminho, explica que o projeto contribui para o conhecimento cultural dos internos. “Esta é uma forma de nós estarmos inserindo este adolescente no meio cultural. É muito importante saber a cultura do Estado, nós estamos nos empenhando para que eles sejam bem colocados nesta nova etapa que está sendo sugerindo pelo CNJ”.

Marleni Pereti Cavalheiro, analista de ações socioeducativas e pedagoga da Unei Novo Caminho, esclarece o motivo da escolha do tereré como elemento cultural. “O CNJ nos convidou a fazer alguma coisa sobre a cultura e a gente pensou em algo nosso, a gente achou que o tereré é mais a vivência dos nossos adolescentes. Trabalhando esse protagonismo, eles já conhecem isso, a gente queria passar um pouco da nossa cultura e falar um pouco da integração, da socialização que as rodas de tereré sempre trouxeram para a nossa cultura e Campo Grande já tem até o dia do tereré".