Domingo, 8 de Junho de 2025
Geral
24/02/2012 09:00:00
Testemunha diz ter visto acidente com jet ski que matou menina em SP
A polícia ouviu na manhã desta sexta-feira (24) uma testemunha da morte da menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, atropelada por um jet ski na Praia de Guaratuba, em Bertioga, no Litoral Norte de São Paulo, neste sábado (18). A mulher, moradora da Grande São Paulo, disse ter visto quando o jet s

G1/LD

Imprimir
\n \n A\n polícia ouviu na manhã desta sexta-feira (24) uma testemunha da morte da menina\n Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, atropelada por um jet ski na Praia de\n Guaratuba, em Bertioga, no Litoral Norte de São Paulo, neste sábado (18). A\n mulher, moradora da Grande São Paulo, disse ter visto quando o jet ski empinou\n e a embarcação, desgovernada, atingiu a menina.\n \n A\n testemunha estava na praia com a filha de também 3 anos. Ela disse ter visto\n três pessoas levarem a embarcação até a água. Dois jovens subiram e aceleraram,\n quando a embarcação empinou, eles caíram e o jet ski desgovernado atingiu a\n menina. A mulher que diz ter presenciado o caso foi levada à delegacia pelo\n advogado dos pais da menina.\n \n Nesta\n quinta (23), a mãe de Grazielly, Cirleide Lames, afirmou que a família do\n adolescente suspeito de conduzir o equipamento ainda não havia entrado em\n contato com ela. A declaração foi dada logo após prestar depoimento na\n delegacia da cidade.\n \n “Até o\n momento nenhum [contato], nenhum telefonema. Isso é o que mais deixa a gente\n triste. Eles não prestaram nenhum tipo de socorro no momento. E isso é muito\n difícil”, disse a mãe. Ao comentar a declaração do advogado de que a família do\n suspeito também sofre por conta do acidente, Cirleide disse: “Eu queria que a\n mãe dele colocasse o filho dela no lugar da minha filha. Aí ela saberia o que é\n sofrimento".\n \n A mãe\n lamentou ainda a demora no socorro da filha. “Se o socorro tivesse chegado mais\n rápido, eu ainda estaria com a minha filha.” Até esta quinta, cinco pessoas já\n haviam sido ouvidas pela polícia: o pai e a mãe da garota, os tios dela e um\n caseiro. A expectativa era que o adolescente de 13 anos, que é suspeito de\n conduzir o jet ski no momento do acidente, fosse até a delegacia acompanhado\n pelos pais.\n \n O\n advogado da família do suspeito, Maurimar Bosco Chiasso, afirmou, no entanto,\n que, por conta do assédio da imprensa e por segurança, o garoto não tinha\n condições de depor nesta tarde. O depoimento da família acontecerá\n posteriormente. O G1 não conseguiu falar com ele após o depoimento da\n mãe para que pudesse comentar as declarações de falta de socorro e contato.\n \n Segundo\n o delegado Maurício Barbosa Júnior, que conduz o inquérito, a defesa se\n comprometeu a encaminhar os familiares até a delegacia, apesar de eles morarem\n em outro município.\n \n Caseiro
\n O caseiro da residência onde estava o jet ski relatou à polícia que foi chamado\n pelo adolescente para retirar o quadriciclo da casa. Ele disse ainda que levou\n o equipamento até a beira do mar. De acordo com o delegado, ele estava de\n costas quando ouviu os gritos e os pedidos de socorro. Segundo o delegado, o\n caseiro disse ter sido ameaçado após o acidente.\n \n Como é\n menor de 18 anos de idade, o garoto suspeito poderá responder a um ato\n infracional pela morte de Grazielly, segundo determina o Estatuto da Criança e\n do Adolescente (ECA).\n \n Dolo\n eventual
\n O advogado da família de Grazielly, José Beraldo, afirmou que a tese da defesa\n é de homicídio com dolo eventual da parte do responsável legal do adolescente e\n da pessoa que consentiu que ele pegasse o jet ski.\n \n Para\n Beraldo, o jovem teve autorização do proprietário do equipamento para levá-lo\n até o mar. “Ninguém pega [a chave] sem autorização. A chave tem que ser\n entregue. Quando a pessoa empresta, no caso a chave do jet ski, ela assume o\n risco de produzir o resultado, portanto ela pode responder por homicídio com\n dolo eventual.”\n \n Para a\n defesa, houve ainda omissão de socorro. Há uma suspeita que o adolescente tenha\n deixado o local de helicóptero. A polícia, no entanto, acredita que ele tenha\n fugido de carro. “No momento em que estava chegando o helicóptero para socorro\n depois de 40 minutos, nós queremos saber se nesse intervalo eles estavam em\n fuga”, afirmou Beraldo.\n \n Segundo\n o advogado, há provas de que, logo após o ocorrido, o adolescente foi retirado\n do local pela mãe. De acordo com o delegado, no entanto, ainda não há provas de\n que o proprietário tenha emprestado o equipamento ao adolescente. O aparelho,\n que foi apreendido no dia do acidente, ainda não foi periciado. A demora se\n deve ao fato da necessidade de especialistas náuticos o avaliarem.\n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias