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Geral
03/01/2014 09:23:01
Tirar CNH custará até 20% mais com aulas em simulador
Quem quiser tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a partir de agora terá de passar por cinco aulas em um simulador de direção instalado nas autoescolas.

Agência Brasil/LD

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Quem\n quiser tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a partir de agora\n terá de passar por cinco aulas em um simulador de direção instalado nas\n autoescolas. A nova regra, que começou a valer na quarta-feira, 1, no \n País, vai elevar em até 20% o valor gasto na emissão do documento. Antes\n da mudança, o interessado em obter a permissão para dirigir tinha de \n desembolsar, em média, R$ 1,2 mil, segundo a Federação Nacional das \n Autoescolas (Feneauto). Com a alteração, esse valor subirá em até R$ \n 250. Definida por resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a\n norma é válida apenas para a categoria B (habilitação para automóvel).\n As aulas, de 30 minutos cada, devem ser feitas obrigatoriamente antes do\n início da parte prática. As atividades no simulador não diminuem o \n número mínimo de aulas práticas exigidas: 20 aulas de 50 minutos.\n As aulas simuladas também não têm caráter eliminatório. "O Detran recebe\n um relatório com os resultados do aluno, mas não há uma avaliação. A \n ideia do simulador é permitir que o estudante se familiarize com \n situações de risco", diz Silvio Luiz de Oliveira, diretor de ensino da \n Autoescola Veja, uma das que já têm o equipamento.\n A cada aula, o aluno vê o nível de dificuldade aumentar. A simulação \n começa com conceitos básicos e vai incorporando situações de \n adversidade, como trafegar em vias de grande movimento, em pista \n escorregadia ou sob neblina intensa."É bem parecido com a realidade, a \n estrutura é idêntica à do carro. Acho que ajuda o aluno a ter mais noção\n antes de ir para o trânsito real", diz a aluna Joyce Lemos, de 27 anos.\n Para Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Associação Brasileira de \n Medicina de Tráfego (Abramet), a inclusão de aulas simuladas ajuda a \n suprir uma carência na formação dos condutores. "Os cursos existentes \n são insuficientes, porque só ensinam o que é necessário para a prova \n prática. O aluno não tem contato com os riscos que vai encontrar no dia a\n dia, e o simulador pode ajudar nisso."\n Apesar de a regra já estar em vigor, muitas autoescolas e Detrans não se\n prepararam para a mudança. "Algumas autoescolas não compraram as \n máquinas achando que a lei não ia pegar, e muitos Detrans não adequaram \n seus sistemas", diz Magnelson Carlos de Souza, presidente da Feneauto.\n Demanda\n A prática provocou uma demanda maior no fim do ano para a instalação dos\n aparelhos e sobrecarregou as quatro empresas habilitadas para fornecer \n os equipamentos. Muitos CFCs ainda aguardam a chegada do simulador. \n Segundo as empresas fornecedoras, os prazos estão sendo cumpridos.\n O custo médio de um aparelho é de R$ 40 mil, mas é possível obter o \n simulador por comodato. Em todos os casos, o custo é repassado para o \n consumidor. As autoescolas não são obrigadas a ter a máquina e podem \n dividir o equipamento com outras empresas. A manutenção varia de \n mensalidades de R$ 750 a R$ 1.750 ou taxas de R$ 4 a R$ 15 por aula. Com\n esse custo, as autoescolas preveem que o preço médio da aula simulada \n seja de R$ 40, acima do que é pago pela prática, entre R$ 30 e R$ 35.
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