\n \n A Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) poderá ter as\n aulas suspensas a partir do próximo mês. Os professores estão descontentes com\n a atenção dada à instituição pelo governo estadual e ameaçam deflagrar greve\n por tempo indeterminado. Dentre as queixas, há cobranças por autonomia\n administrativa, mais investimentos e readequação do PCC (Plano de Cargos e\n Carreiras). \n \n O indicativo de greve dos educadores foi aprovado em assembleia\n realizada pela Aduems (Associação dos Docentes da Uems) no dia 19 de setembro.\n No início do próximo mês haverá uma nova deliberação. Caso seja confirmada, a\n paralisação das atividades deixará ao menos 8,2 mil alunos sem aulas. \n \n Segundo o presidente da Aduems, Wilson Brum Trindade Júnior, a\n mobilização já conta com o apoio de servidores administrativos e estudantes. “O\n indicativo vai até o dia da audiência pública que vamos realizar na Assembleia\n Legislativa, em 3 de outubro; depois os professores se reúnem para discutir os\n rumos do movimento”, explicou. \n \n O líder sindical ressalta que a greve é quase certa. Para ele,\n apenas uma mudança brusca de postura por parte do governador André Puccinelli\n (PMDB) poderá evitar isso. “Para não haver a greve é preciso que o governador\n nos atenda e pare de nos fazer de palhaço”, afirmou. \n \n Esse conflito agravou-se na semana passada, quando uma comissão da\n Aduems viajou até Campo Grande para conversar com Puccinelli. Segundo os\n docentes, uma reunião agendada pelo reitor Fábio Edir não foi concretizada.\n “Diretores da Aduems se deslocaram até a Governadoria, mas não foram recebidos\n pelo governador e muito menos pelos secretários de governo anunciados pela\n reitoria”, consta em trecho de informativo divulgado à imprensa. \n \n De acordo com Wilson Brum Trindade Júnior, quem atendeu a comissão\n foi “um assessor de Gabinete que só apresentou reclamações e planilhas sobre a\n queda de receita do Estado, na tentativa de desvirtuar a pauta de discussões”. \n \n Essa pauta proposta pelos docentes prevê autonomia para que a\n Universidade garanta índices de repasses fixados a partir da receita tributária\n do Executivo. Também reivindica aumento do orçamento anual da Instituição - que\n em 2011 foi de R$ 70,4 milhões – para os R$ 116 milhões indicados pelo Conselho\n Universitário. Outros tópicos versam sobre a readequação do Plano de Cargos e\n Carreiras e aposentadoria dos professores. \n \n O Governo do Estado preferiu não manifestar posicionamento sobre o\n assunto. Por meio da assessoria de imprensa, recomendou contato direto com a\n Reitoria da Uems. \n \n \n \n \n