\n \n Dados da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, revelam\n que cerca de 300 mil vasectomias são realizadas anualmente naquele país,\n geralmente por homens com idade entre 20 e 30 anos e que já são pais. Mas,\n alguns anos depois e diante de novas circunstâncias – como um segundo casamento\n com uma parceira mais nova e sem filhos, por exemplo –, aproximadamente 10%\n desses homens vasectomizados desejam a reversão do procedimento.nbsp; \n \n “A reversão da vasectomia (vasovasostomia) é um dos meios mais\n utilizados pela comunidade urológica para restaurar a fertilidade masculina,\n mas nem sempre é bem indicada. Primeiramente, há que se levar em conta há\n quantos anos o paciente foi submetido à ligadura dos ductos seminais. Quanto\n mais tempo, menores são as chances de sucesso. Depois, é preciso levar em conta\n a idade da parceira, já que a fertilidade feminina também cai abruptamente\n depois dos 35 anos”, diz Edson Borges, especialista em Medicina Reprodutiva\n e diretor do Fertility – Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo. \n \n De acordo com o médico, embora existam dificuldades técnicas que\n podem comprometer a vasovasostomia, quando bem indicado o procedimento costuma\n resultar na restauração dos espermatozoides em 90% dos casos, com taxas de\n gravidez entre 44% e 60%. “Algumas vezes, o mais indicado é recorrer à\n fertilização in vitro, com injeção intracitoplasmática de espermatozóide\n (ICSI). São situações em que o tempo de vasectomia é mais longo – acima de dez\n anos –, associado a uma parceira com 37 anos ou mais”. \n \n Borges afirma que a parceira, independentemente da idade, também\n deve ser submetida a exames antes de qualquer procedimento adotado. “Depois de\n passar por uma criteriosa avaliação, o casal poderá ser bem aconselhado sobre\n os prós e os contras dos métodos disponíveis para que se tornem pais\n biológicos. Geralmente, o custo por nascimento no caso de a reversão da\n vasectomia ser bem sucedida é menor do que as técnicas de fertilização in\n vitro. De todo modo, trata-se de uma decisão que deve ser tomada entre os\n parceiros, em conjunto com o médico – que deverá expor as chances de sucesso do\n procedimento adotado, bem como o tempo de tratamento, com bastante clareza”. \n \n \n \n