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Geral
13/06/2013 09:00:00
Vendas no varejo no Brasil sobem 0,5% em abril, abaixo do esperado
As vendas no varejo brasileiro decepcionaram em abril, apesar de terem voltado a crescer na variação mensal depois de dois meses, ainda impactadas pela inflação elevada contaminando o consumo.

Reuters Brasil/LD

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\n \n As vendas no varejo brasileiro decepcionaram em abril, apesar de\n terem voltado a crescer na variação mensal depois de dois meses, ainda\n impactadas pela inflação elevada contaminando o consumo. \n \n Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística\n (IBGE) nesta quinta-feira, as vendas cresceram 0,5 por cento em abril ante\n março, abaixo do esperado pelo mercado, ainda mostrando retração nas vendas de\n supermercados. Na comparação com um ano antes, as vendas no varejo subiram 1,6\n por cento. \n \n Analistas ouvidos pela Reuters esperavam, pela mediana, alta de 1,40\n por cento na comparação mensal e de 3,50 por cento na base anual. \n \n Segundo o IBGE, as vendas de Hipermercados, supermercados,\n produtos alimentícios, bebidas e fumo registram queda de 0,5 por cento em abril\n sobre o mês anterior, após recuo de 2,1 por cento em março e de 1,5 por cento\n em fevereiro. \n \n Sobre um ano antes, as vendas nestes segmentos caíram 5,4 por\n cento em abril. \n \n A resistência da inflação em patamares elevados afetou o setor\n varejista no início deste ano, pesando com força sobre as vendas dos\n supermercados e destacando a redução do poder de compra das famílias. \n \n Mas a desaceleração dos preços dos alimentos pode ajudar a aliviar\n essa pressão. Em maio, o IPCA registrou a menor alta em quase um ano, de 0,37\n por cento, mas ainda permaneceu no teto da meta do governo, de 4,5 por cento,\n com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. \n \n O IBGE informou ainda que sete das dez atividades pesquisadas,\n incluindo o varejo ampliado, tiveram resultados positivos na comparação mensal,\n segundo o IBGE, mostrando alguma recuperação depois de as vendas varejistas não\n terem registrado variação em março, dado revisado após queda de 0,1 por cento\n divulgada anteriormente. Em fevereiro, as vendas caíram 0,4 por cento. \n \n Em abril, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de\n perfumaria e cosméticos tiveram alta de 6,4 por cento ante março, após queda de\n 1,7 por cento no mês anterior. Já as vendas de Livros, jornais, revistas e\n papelaria subiram 4,5 por cento após queda de 5,9 por cento no mês anterior. \n \n Sobre um ano antes, essas vendas caíram 5,4 por cento em abril,\n único resultado negativo entre os segmentos pesquisados. \n \n "O resultado relativamente mais forte em abril reflete o\n desempenho um pouco melhor do mercado de trabalho. De todo modo, a inflação\n mostrou-se ainda resistente no período, com aceleração no índice geral e uma\n desaceleração ainda muito discreta nos preços de alimentação no\n domicílio", destacou a Tendências em nota. \n \n A resistência da inflação em patamares elevados afetou o setor\n varejista no início deste ano, pesando com força sobre as vendas dos\n supermercados diante da redução do poder de compra das famílias. \n \n Mas a desaceleração dos preços dos alimentos pode ajudar a aliviar\n a pressão inflacionária. Já por conta disso, em maio, o IPCA registrou a menor\n alta em quase um ano, de 0,37 por cento, mas ainda permaneceu no teto da meta\n do governo, de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou\n menos. \n \n "A boa notícia é que a queda dos preços no atacado deve\n começar a se refletir nos preços ao consumidor de forma mais intensa a partir\n de junho. Devemos ter um quadro melhor no segundo semestre (para o\n varejo)", destacou a economista-chefe da Rosenberg amp; Associados, Thais\n Marzola Zara. \n \n ARTIGOS FARMACÊUTICOS E LIVROS\n \n O IBGE informou ainda que sete das dez atividades pesquisadas,\n incluindo as do varejo ampliado, tiveram resultados positivos na comparação\n mensal, segundo o IBGE, mostrando alguma recuperação depois de as vendas\n varejistas terem ficado estáveis em março (dado revisado ante a queda de 0,1\n por cento divulgada anteriormente). Em fevereiro, as vendas caíram 0,4 por\n cento. \n \n As maiores altas mensais em abril ficaram com as vendas de artigos\n farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,4 por cento\n ante queda de 1,7 por cento em março) e de Livros, jornais, revistas e\n papelaria (4,5 por cento após queda de 5,9 por cento no mês anterior). \n \n No comércio varejista ampliado --que inclui o setor automotivo e\n material de construção-- as vendas registraram avanço de 1,9 por cento sobre\n março. Na comparação anual, houve aumento de 9,1 por cento. \n \n Em abril, ainda segundo o IBGE, a receita nominal subiu 0,8 por\n cento ante março, com alta de 10,4 por cento na comparação anual. \n \n PERSPECTIVAS\n \n Para Thais, da Rosenberg amp; Associados, é preciso novos dados\n para se ter uma avaliação melhor da tendência. \n \n "Pelo menos por enquanto tenho perspectiva de crescimento de\n algo perto de 0,8 por cento no segundo trimestre. Os dados de comércio em maio\n ainda devem ficar perto da estabilidade, mas junho deve ter resultado\n melhor", diz ela, que estima expansão de 2,5 por cento neste ano. \n \n Em relatório, o Bradesco informou que prevê queda de 0,5 por cento\n em maio. "O crescimento das vendas no varejo continua fraco em termos\n reais", afirmou o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do banco,\n Octavio de Barros. \n \n Também a confiança do consumidor segue instável. Depois de\n interromper em abril uma sequência de seis quedas seguidas, em maio o índice da\n Fundação Getulio Vargas voltou a cair. \n \n Essa confiança pode ser ainda mais abalada pelo fator dólar. Como\n lembrou Pereira, do IBGE, se o dólar continuar subindo ante o real, "piora\n o quadro inflacionário e aí você tem repercussão na demanda do comércio\n varejista". Em maio, o dólar teve alta de 7 por cento. \n \n E para completar o quadro, as recentes altas da taxa básica de\n juros pelo Banco Central também afetam o crédito e, consequentemente, o\n consumo. \n \n No primeiro trimestre, o consumo --que vinha sustentando a\n economia doméstica-- pouco contribuiu para alta de 0,6 por cento do Produto\n Interno Bruto (PIB) ante os três meses imediatamente anteriores. No período, o\n consumo das famílias teve variação positiva de apenas 0,1 por cento, o pior\n desempenho desde o terceiro trimestre de 2011. \n \n Diante desse cenário, o mercado vem reduzindo as expectativas de\n crescimento da economia neste ano, e elas já rondam o nível de 2,5 por cento. \n \n Veja os resultados dos segmentos no varejo (% do mês sobre o mês\n anterior): \n \n Atividade Abril Mar Fev\n \n Comércio Varejista 0,5 0,0 -0,4 - Combustíveis e lubrificantes 3,3\n 2,7 -2,7 - Hipermercados, supermercados, -0,5 -2,1 -1,5 produtos alimentícios e\n bebidas. Super e Hipermercados -0,6 -1,5 -1,3 - Tecidos, vestuário e calçados\n -0,5 3,8 -0,6 - Móveis e eletrodomésticos 0,7 0,8 -0,1 - Artigos famacêuticos e\n perfumaria 6,4 -1,7 2,3 - Equipamentos, material escritório e -1,1 -6,6 7,2\n comunicação - Livros, jornais e papelaria 4,5 -5,9 -0,1 - Outros artigos de uso\n doméstico 2,5 0,7 -2,7. Comércio Varejista Ampliado 1,9 0,3 -0,7 - Veículos,\n motos, peças e partes 0,4 1,9 -1,6 - Material de construção 1,2 0,7 0,8. \n \n \n \n \n
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