VERSÃO DE IMPRESSÃO
Acidentes
01/02/2024 16:07:00
Após mais de 4 meses internada, morre professora arremessada de brinquedo em parque, em PE
Dávine Muniz Cordeiro, 34, perdeu metade do cérebro e passou por dez cirurgias de reparação

Metro/PCS

A professora de inglês Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, que ficou gravemente ferida ao ser arremessada de um brinquedo em um parque de diversões, em Olinda, em Pernambuco, morreu após mais de quatro meses de internação. De acordo com familiares, a mulher perdeu metade do cérebro e passou por dez cirurgias de reparação ao longo desse período. Porém, faleceu nesta quinta-feira (1º) no Hospital Hapvida da Ilha do Leite, em Recife.

O acidente ocorreu no dia 22 de setembro do ano passado, no parque Mirabilandia. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o brinquedo ainda em movimento e a correria após a queda da professora de inglês.

Dávine estava no brinquedo, chamado “Wave Swinger”, que consiste em uma estrutura que gira no próprio eixo, com cadeiras presas por correntes. Conforme ele roda, os balanços giram no ar, podendo chegar a uma altura de 12 metros.

A cadeira onde estava a professora de inglês se soltou e ela foi arremessada ao chão. Duas adolescentes que aguardavam em uma fila para brincar na atração foram atingidas e também ficaram feridas, mas estão fora de perigo.

A professora de inglês foi socorrida e internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Restauração, no Recife. Após alguns dias, houve a transferência para o Hospital São Marcos, que é particular. No período de internação, ela passou por dez cirurgias de reparação, pois perdeu metade do cérebro.

Depois disso, ela recebeu alta da unidade e foi colocada em home care. Porém, a família de Dávine afirmava que as reformas necessárias para a instalação dos equipamentos custavam de R$ 50 mil a R$ 60 mil e que esperava que o parque arcasse com os custos da reforma na casa.

Foi iniciada uma briga judicial, já que o hospital teria sugerido que o home care fosse instalado por meio do convênio médico da professora, mas os parentes exigiam que fosse por vias particulares. Enquanto a situação seguia sem solução, Dávine foi encaminhada para o Hospital Hapvida Ilha do Leite, que pertence ao plano de saúde da paciente, no último dia 11 de janeiro.

Ela seguia no local, até a morte, nesta quinta-feira. Conforme a família dela, o laudo do hospital apontou como causa do falecimento um traumatismo cranioencefálico grave.

Após a confirmação da morte, o parque divulgou uma nota de pesar. “A direção e todos os que fazem o Mirabilandia lamentam a perda de Dávine Muniz, solidarizando-se com a família. Poucas palavras poderão representar o conforto neste momento, principalmente para quem sempre busca oferecer momentos de entretenimento e alegria. Que seja recebida com todas as honras na sua passagem deste nosso plano.”

Investigação

Após o acidente, o parque chegou a ser interditado depois que o Instituto de Criminalística concluiu que os elos da corrente que seguravam a cadeira do brinquedo se romperam devido à corrosão. No entanto, o local voltou a funcionar no último dia 2 de novembro, após adotar medidas como a implantação de um plano de manutenção dos brinquedos e equipamentos.

A Polícia Civil informou que as investigações sobre as responsabilidades do acidente ainda estão em andamento e que os detalhes só serão divulgados após a conclusão do inquérito.