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O motorista que atropelou dois garis e caiu no Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, sofreu um mal súbito, de acordo com a Brigada Militar. O sargento Dirceu, que acompanhou a ocorrência no local do acidente, disse que o exame feito pela equipe da ambulância do Samu (Sistema de Atendimento Móvel de Urgência) apontou o problema.
"O Samu estava lá. Ele não estava embrigado, fez o teste do etilômetro. Ele teve um mau súbito", relatou o sargento, por telefone, no momento em que chegava com o motorista à Delegacia de Trânsito em Porto Alegre, pouco antes das 13h.
O homem ainda prestaria depoimento à Polícia Civil. Por isso, não foram fornecidas maiores informações.
O acidente
Segundo a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), o atropelamento ocorreu próximo ao prédio da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), pouco antes das 10h. O veículo, um Fiat Uno, seguia pela via, uma das principais da capital, no sentido centro-bairro, quando atingiu os dois trabalhadores, que faziam a poda das árvores no local.
Logo após o atropelamento, houve um tumulto entre os colegas dos dois atropelados. Eles se revoltaram, empurraram o veículo para dentro do Arroio Dilúvio (veja o vídeo) e tentaram linchar o condutor.
O funcionário público Marcelo Souto, de 41 anos, testemunhou quando os garis tentaram agredir o condutor do Uno. "Quando eu cheguei o motorista já tinha atropelado os garis e estava saindo do carro. Eles [garis] foram para cima para tentar pegar ele, mas a polícia botou ele na viatura e levou embora, senão iam linchar ele", relatou.
Feridos, os dois garis foram atendidos pelo Samu e encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) da capital. Um deles está em estado grave, com politraumatismo, segundo a instituição.