Brasil
02/04/2013 09:00:00
RJ: Pai de garoto asfixiado nega envolvimento com manicure
Heraldo trabalha como administrador da uma fazenda do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, em Piraí, cidade vizinha a Barra do Piraí.
Agência Estado/AB
\n \n Barra do Piraí, RJ - Em um depoimento bastante emocionado e que\n durou duas horas e meia o administrador Heraldo Bichara Júnior, de 38 anos,\n negou que tivesse um relacionamento amoroso com a manicure Suzana Figueiredo,\n de 22 anos, assassina confessa do filho dele, João Felipe Eiras Bichara, de 6\n anos. Acompanhado da mulher, Aline Bichara, e chorando muito, Heraldo revelou\n que, em meados de 2012, recebeu da manicure três mensagens de texto, pelo\n celular, que diziam: "Oi, tio Sukita", "gosto de você" e\n "quero sair com você". As mensagens foram enviadas em um intervalo de\n três dias. \n \n As duas primeiras mensagens, segundo o administrador, teriam sido\n mandadas de um celular, mas Heraldo não conseguiu identificar a procedência,\n pois, disse, quando ligava para o número registrado, caía na caixa postal. Após\n receber a terceira mensagem, de um número diferente, e ligar de volta, o\n administrador descobriu que a remetente era Suzana. Heraldo trabalha como\n administrador da uma fazenda do ex-presidente da Confederação Brasileira de\n Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, em Piraí, cidade vizinha a Barra do Piraí. \n \n "Isso (as mensagens) só veio à cabeça dele por causa da morte\n do filho. Heraldo nunca deu importância àquela situação e, por causa disso, não\n havia contado a Aline sobre o fato. Na visão dele, foi só uma cantada de uma\n pessoa que, talvez, tivesse admiração pela sua situação financeira",\n explicou o delegado Mário Omena, da 88ª Delegacia de Polícia (Barra do Piraí). \n \n Heraldo também negou que tivesse assediado Suzana, ao contrário do\n que a manicure disse, informalmente, à polícia na noite do dia 25 de março,\n quando foi presa, momentos após o corpo do menino João Felipe ter sido\n encontrado dentro de uma mala na casa da manicure, no centro de Barra do Piraí.\n O delegado disse que vai pedir à Justiça a quebra do sigilo de dados do celular\n de Suzana. O objetivo é descobrir com quem ela falava normalmente, com que\n frequência e se telefonou para alguém durante as horas em que esteve com João\n Felipe. \n \n "Suzana tinha múltiplos objetivos, entre eles pedir resgate\n pela criança. É óbvio que, apesar de Heraldo ter ignorado as suas cantadas de\n pronto, ela iria tentar seduzi-lo de novo. Por isso, vou analisar se a manicure\n será enquadrada no crime de extorsão mediante sequestro com evento morte, além\n da ocultação do cadáver. Porém, se eu entender que não houve o primeiro crime,\n ela será indiciada por homicídio", informou o delegado, que pretende\n concluir o flagrante e encaminhá-lo nesta quarta-feira (03), ao Ministério\n Público. A Polícia Civil vai instaurar um inquérito complementar para dar\n prosseguimento às investigações, já que o prazo legal para conclusão de um\n flagrante é de dez dias. \n \n \n \n \n \n \n