Brasil
28/02/2014 09:00:00
Água nos reservatórios continuará abaixo da média em março, diz ONS
Chuvas devem ser 67% da média histórica em represas do SE e CO. Fevereiro foi o 2º pior para reservatórios de hidrelétricas em 84 anos.
G1/PCS
Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste devem \n receber durante o mês de março mais água que nos dois meses anteriores, \n porém ainda em quantidades abaixo da média histórica, aponta relatório \n do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgado nesta \n sexta-feira (28).
Essa previsão deve provocar nos próximos dias novos \n questionamentos ao governo quanto à garantia do abastecimento de energia\n no país e mesmo sobre a possibilidade de se adotar um racionamento.
\n \t De acordo com o relatório do ONS, os reservatórios de hidrelétricas que\n ficam nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as mais importantes e que \n respondem por cerca de 70% da capacidade de geração de energia do país, \n devem receber, durante o mês de março, uma quantidade de água \n equivalente a 67% da média histórica.
\n \t Esse resultado, se confirmado, representa uma melhora em relação ao \n verificado nos meses de janeiro e fevereiro, em que a chamada afluência \n ficou, respectivamente, em 54% e 39% da média histórica naquelas \n regiões. O índice de fevereiro é o segundo pior para o mês em 84 anos. O\n de janeiro foi o terceiro pior em igual período.
\n \t Apesar da melhora, o relatório do ONS não diz se essa quantidade de \n água vai ser suficiente para garantir o abastecimento de energia quando \n começar o período seco, após o mês de abril.
\n \t Para os reservatórios de hidrelétricas do nordeste, a previsão do ONS é\n mais pessimista: eles devem receber uma quantidade de água equivalente a\n apenas 32% da média histórica. Na região Sul, esse índice deve ficar em\n 87. A única região que deve receber água acima da média é a norte \n (109%).
\n \t A baixa afluência é resultado da pouca quantidade de chuvas nos rios \n que abastecem esses reservatórios. Por conta disso, as represas de \n hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste registram, desde o início de \n fevereiro, o mais baixo nível desde 2001, quando foi decretado o \n racionamento de energia. Na quinta (27), dado mais atual, o nível de \n armazenamento nas duas regiões estava em 34,71%, na média.
\n \t Diferente de 2001, hoje o país tem uma grande quantidade de usinas \n termelétricas (que geram energia por meio da queima de combustíveis como\n óleo, gás, carvão e biomassa). E elas vêm sendo acionadas nos últimos \n meses justamente para ajudar a poupar água das hidrelétricas e evitar \n problemas durante a época seca. Essas termelétricas, porém, só conseguem\n atender a uma parte da demanda. Além disso, a energia gerada por elas é\n mais cara e, por isso, o uso dessas usinas provoca aumento na conta de \n luz.
Risco zero
\n \t Apesar das dificuldades observadas, o governo tem negado qualquer risco\n de faltar energia no país nos próximos meses. No dia 19, o ministro de \n Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que problema de abastecimento \n não haverá sob nenhuma circunstância no Brasil.
\n \t Lobão deu essa declaração um dia depois de o diretor-geral do ONS, \n Hermes Chipp, dizer que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e \n Centro-Oeste precisam cheguar ao final de abril com, no mínimo, \n armazenamento de água em 43% da capacidade total. De acordo com ele, \n esse índice garante o fornecimento de energia no país ao longo de 2014 e\n também 2015 mesmo com chuvas durante o inverno abaixo da média \n histórica.
\n \t Portanto, para que cheguem ao final de abril com 43%, será necessário \n que, nos próximos 2 meses, os reservatórios do SE e CO recebam água \n suficiente para uma elevação de pouco mais de 8 pontos, considerando a \n situação dessas represas na quinta (27).
\n \t Segundo Chipp, o índice de 43% deve ser alcançado se chegar aos \n reservatórios, entre os meses de março e abril, pelo menos 76% da \n quantidade média de água para esse período.
\n \t A previsão considera o final do mês de abril porque é quando termina o \n chamado período úmido, em que as chuvas costumam ser mais intensas no \n país. E leva em conta apenas os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste \n porque nas duas regiões estão instaladas hidrelétricas que respondem por\n 70% da capacidade de geração de energia do país.
Essa previsão deve provocar nos próximos dias novos \n questionamentos ao governo quanto à garantia do abastecimento de energia\n no país e mesmo sobre a possibilidade de se adotar um racionamento.
\n \t De acordo com o relatório do ONS, os reservatórios de hidrelétricas que\n ficam nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as mais importantes e que \n respondem por cerca de 70% da capacidade de geração de energia do país, \n devem receber, durante o mês de março, uma quantidade de água \n equivalente a 67% da média histórica.
\n \t Esse resultado, se confirmado, representa uma melhora em relação ao \n verificado nos meses de janeiro e fevereiro, em que a chamada afluência \n ficou, respectivamente, em 54% e 39% da média histórica naquelas \n regiões. O índice de fevereiro é o segundo pior para o mês em 84 anos. O\n de janeiro foi o terceiro pior em igual período.
\n \t Apesar da melhora, o relatório do ONS não diz se essa quantidade de \n água vai ser suficiente para garantir o abastecimento de energia quando \n começar o período seco, após o mês de abril.
\n \t Para os reservatórios de hidrelétricas do nordeste, a previsão do ONS é\n mais pessimista: eles devem receber uma quantidade de água equivalente a\n apenas 32% da média histórica. Na região Sul, esse índice deve ficar em\n 87. A única região que deve receber água acima da média é a norte \n (109%).
\n \t A baixa afluência é resultado da pouca quantidade de chuvas nos rios \n que abastecem esses reservatórios. Por conta disso, as represas de \n hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste registram, desde o início de \n fevereiro, o mais baixo nível desde 2001, quando foi decretado o \n racionamento de energia. Na quinta (27), dado mais atual, o nível de \n armazenamento nas duas regiões estava em 34,71%, na média.
\n \t Diferente de 2001, hoje o país tem uma grande quantidade de usinas \n termelétricas (que geram energia por meio da queima de combustíveis como\n óleo, gás, carvão e biomassa). E elas vêm sendo acionadas nos últimos \n meses justamente para ajudar a poupar água das hidrelétricas e evitar \n problemas durante a época seca. Essas termelétricas, porém, só conseguem\n atender a uma parte da demanda. Além disso, a energia gerada por elas é\n mais cara e, por isso, o uso dessas usinas provoca aumento na conta de \n luz.
Risco zero
\n \t Apesar das dificuldades observadas, o governo tem negado qualquer risco\n de faltar energia no país nos próximos meses. No dia 19, o ministro de \n Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que problema de abastecimento \n não haverá sob nenhuma circunstância no Brasil.
\n \t Lobão deu essa declaração um dia depois de o diretor-geral do ONS, \n Hermes Chipp, dizer que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e \n Centro-Oeste precisam cheguar ao final de abril com, no mínimo, \n armazenamento de água em 43% da capacidade total. De acordo com ele, \n esse índice garante o fornecimento de energia no país ao longo de 2014 e\n também 2015 mesmo com chuvas durante o inverno abaixo da média \n histórica.
\n \t Portanto, para que cheguem ao final de abril com 43%, será necessário \n que, nos próximos 2 meses, os reservatórios do SE e CO recebam água \n suficiente para uma elevação de pouco mais de 8 pontos, considerando a \n situação dessas represas na quinta (27).
\n \t Segundo Chipp, o índice de 43% deve ser alcançado se chegar aos \n reservatórios, entre os meses de março e abril, pelo menos 76% da \n quantidade média de água para esse período.
\n \t A previsão considera o final do mês de abril porque é quando termina o \n chamado período úmido, em que as chuvas costumam ser mais intensas no \n país. E leva em conta apenas os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste \n porque nas duas regiões estão instaladas hidrelétricas que respondem por\n 70% da capacidade de geração de energia do país.