Folha/AB
A crise chegou forte, não há grandes novidades artísticas no meio sertanejo, as ONGs de proteção animal movem cada vez mais ações contra rodeios e a fórmula, que rendeu anos de sucesso nas últimas décadas, parece estar se esgotando.
As explicações para o fenômeno são variadas, mas em comum há o fato de que a maioria dos principais rodeios de São Paulo, Estado que concentra alguns dos grandes eventos do gênero, encolheu nos últimos anos.
Ao menos quatro festas mais tradicionais estão menores neste ano: Americana, Jaguariúna, Limeira e Jales. Uma das principais do país, Americana chegou a ter 11 datas. Até por isso, já atraiu 360 mil pessoas numa só edição. Agora, caiu quase pela metade só seis dias e projeta público de 300 mil.
Presidente do evento, Beto Lahr fala como uma das causas as atrações semelhantes mesmos artistas em várias festas, até as pequenas. Diz que as ações judiciais de ONGs não o atrapalham, mas prejudicam a imagem do setor como um todo.
"Uma festa que não tenha um departamento jurídico corre risco de chegar na hora e surgir uma liminar para cancelar." Nos últimos seis meses, ao menos mais três rodeios foram alvo de ações no país