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Brasil
13/04/2013 11:38:39
Ascensão da classe C contribuiu para o aumento de cirurgias plásticas no Brasil
No mesmo ano, foram feitas no Brasil 905,1 mil operações.

Agência Brasil/AB

\n \n O Brasil ocupa a terceira posição no ranking\n mundial em proporção de cirurgias plásticas por pessoa, com 4,6 procedimentos\n por mil habitantes – nos Estados Unidos, país líder em números absolutos, a\n proporção é 3,5 operações por mil habitantes, com 1,1 milhão de procedimentos\n em 2011. No mesmo ano, foram feitas no Brasil 905,1 mil operações.\n \n O\n aumento da procura por tais operações no Brasil atingiu 43,9% entre 2008 e\n 2011, revela pesquisa feita pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica\n Estética (Isaps),em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica\n (SBCP).\n \n Para\n o coordenador da pesquisa no Brasil, Luis Henrique Ishida, o volume de\n cirurgias plásticas per capita no país é significativo, porque mostra o perfil\n do brasileiro, “culturalmente mais aberto às cirurgias plásticas, sobretudo as\n corpóreas”, devido ao hábito da população de mostrar o corpo na praia,\n diferentemente do que ocorre na maioria dos países.\n \n Embora\n a Itália e a Coreia do Sul ocupem as primeiras colocações em termos de\n cirurgias por mil habitantes, com 5,2 e 5,1, respectivamente, Ishida disse que,\n proporcionalmente, os dados do Brasil têm mais importância porque, no cômputo\n geral, o número de cirurgias plásticas brasileiras representa quase três vezes\n o da Itália (316,5 mil) e quase quatro vezes o da Coreia do Sul (258,3 mil).\n \n Para\n o cirurgião plástico Ishida, que é diretor da SBCP Regional São Paulo, o\n aumento do volume de procedimentos no Brasil tem a ver com a mudança econômica\n que está ocorrendo no país, que inseriu na chamada classe C mais de 90 milhões\n de pessoas, "potenciais consumidores de cirurgias plásticas”.\n \n A\n cirurgia mais procurada no Brasil é a lipoaspiração. “E é a que dá mais\n complicação”, alertou o médico. Indicações errôneas, lipoaspirações excessivas\n ou cirurgias feitas por profissionais sem capacitação são situações que podem\n oferecer riscos graves aos pacientes, comentou. “A lipoaspiração é,\n potencialmente, a cirurgia plástica mais perigosa, apesar de ser a mais feita\n no país.”\n \n Em\n seguida, vêm os implantes mamários, que despertam interesse crescente no Brasil\n e no mundo. Apesar dos problemas de contratura capsular ocorridos no país no\n ano passado com esse tipo de prótese, houve um aperfeiçoamento técnico dos\n implantes, esclareceu Ishida. “Agora elas (próteses) estão muito mais avançadas\n e os problemas são menos frequentes”.\n \n Além\n disso, há uma tendência entre as brasileiras de exibir seios grandes, o que tem\n feito aumentar o tamanho das próteses mais procuradas ao longo do tempo. Há dez\n anos, a média eram 175 mililitros (ml) e agora passou para 260 ml. “Há uma\n mudança social, de moda, que faz com que as pacientes prefiram mamas maiores\n hoje em dia.”\n \n A\n abdominoplastia (para redução da barriga), a correção das pálpebras e a\n rinoplastia (cirurgia de nariz) vêm, respectivamente, em terceiro, quarto e\n quinto lugares na procura dos pacientes. Em sexto lugar, aparecem os\n procedimentos para implante de próteses de glúteos.\n \n A\n tendência é que aumente a demanda por cirurgias plásticas no Brasil, estimou o\n especialista, baseado na expansão das classes emergentes. No final de maio\n próximo, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica, Ishida iniciará a\n revisão da pesquisa, que foi feita em 2012, tendo como referência o ano\n anterior.\n \n \n \n \n