FP/PCS
O presidente Jair Bolsonaro usou nesta quinta-feira (17) o caso de Lázaro Barbosa de Sousa, 32, foragido suspeito de assassinar brutalmente uma família no Distrito Federal, para defender a flexibilização do porte e da posse de armas de fogo. Para o mandatário, "arma é vida".
"Tem um maníaco aqui na região de Distrito Federal, Goiás, cometendo barbaridade aí. Matando gente, estuprando. [...] Este elemento aqui tentou aí entrar numa residência numa chácara e foi repelido porque o cara tinha uma [arma] calibre 12 lá dentro", afirmou o presidente.
Bolsonaro disse que, mesmo morando no Palácio da Alvorada, onde é protegido por agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), mantém uma arma ao lado de sua cama.
"A bandidada está armada, pô. Você não tem paz nem dentro de casa. Se bem que caiu bastante o número de homicídios durante o nosso governo. Agora, eu não consigo dormir sem ter uma arma do meu lado", disse o presidente da República. Ainda sobre este tema, Bolsonaro disse que "arma é segurança, arma é vida". Afirmou ainda que "arma não mata, quem mata é o elemento que está atrás dela".
A pandemia de Covid-19 também foi citada na transmissão semanal do presidente. Ele disse que, enquanto for chefe do Executivo, lutaria para que "o cidadão de bem tenha arma e seja desobrigado a usar máscara".
Contrariando as evidências científicas, o presidente tem defendido que as pessoas que já foram imunizadas ou que já contraíram o vírus deixem de usar a máscara.
"Todos que contraíram o vírus estão vacinados, até de forma mais eficaz que a própria vacina", afirmou novamente nesta quinta.
Ao fazer este discurso, Bolsonaro ignora a baixa cobertura vacinal no país –14,97% da população adulta foi vacinada com a segunda dose no Brasil– e a possibilidade de reinfecção por novas variantes do coronavírus. Além disso, especialistas dizem que as vacinas oferecem proteção mais robusta e duradoura do que a da imunidade obtida pela infecção natural.