Brasil
26/03/2014 09:00:00
Enchente em RO bloqueia totalmente a BR-364 e Acre fica isolado
De acordo com a Defesa Civil, a rodovia federal alcançou o momento mais crítico da cheia histórica e o acesso ao Acre, via terrestre, está 100% fechado
G1/AB
\n \t A BR-364 foi totalmente interditada nesta quarta-feira (26), por causa \n da cheia do Rio Madeira, em Rondônia. A medida deve durar 48 horas, até \n que uma nova avaliação seja feita pela Defesa Civil estadual. Nem mesmo \n carretas e caminhões, que estavam sendo liberados pela Polícia \n Rodoviária Federal (PRF) para manter o abastecimento de produtos básicos\n ao Acre,\n poderão passar pelo trecho alagado. De acordo com a Defesa Civil, a \n rodovia federal alcançou o momento mais crítico da cheia histórica e o \n acesso ao Acre, via terrestre, está 100% fechado.O rio atingiu a cota \n 19,65 metros nesta quarta.\n \n \t A interdição da BR-364 acontece quatro quilômetros antes de Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho distante cerca de 90 quilômetros da capital, onde está o primeiro dos \n seis pontos de alagamento da rodovia. No local, a travessia de carros \n menores estava permitida apenas sobre guinchos. Caminhões adaptados \n também se arriscavam até a noite de terça (25), mas a medida tomada na \n manhã desta quarta-feira (26) mudou a situação. Na região, a lâmina de \n água sobre o asfalto chegou, segundo a PRF, a 1,60 metro. Nunca vi \n desastre desta proporção nos últimos 30 anos em qualquer estado da \n federação, disse o coronel Roney Cunha, da Defesa Civil do Acre.\n \t Para manter o acesso ao estado vizinho, o Departamento Nacional de \n Infraestrutura Terrestre (Dnit) aterrou parte da pista no quilômetro 861\n da BR-364, onde duas balsas operaram na segunda-feira (24). As \n embarcações levaram 39 veículos, pelo Rio Madeira, até Abunã, distrito \n de Porto Velho, onde o tráfego na rodovia se mantinha normal. Com a \n situação crítica, até mesmo as balsas estão temporariamente paradas no \n Rio Madeira.\n \n \t Agora, o Dnit se apressa para construir um porto na comunidade \n Palmeiral, em Jacy-Paraná, o ponto de partida das cargas que seguirão ao\n Acre. A viagem pode demorar até 4 horas de balsa, segundo a PRF. \n Impossível qualquer veículo, até mesmo tratores, transpor acessos onde \n há crateras de até um metro sob a água e o nível chegando a 2 metros, \n informou o superintendente do Dnit, Fabiano Cunha.\n \n \t O segundo atracadouro, onde as carretas serão desembarcadas, é \n construído simultaneamente, no Distrito de Velha Mutum, de onde os \n carregamentos seguirão em estrada seca, ainda na BR-364, até \n Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Abunã. Lá, outra travessia pelo rio, também\n demorada, é realizada para chegar ao Acre.
\n \t Enquanto as obras são executadas, bombeiros do Acre e Rondônia \n receberão o reforço de militares da Força Nacional para selecionar as \n cargas prioritárias. Devem desembarcar em Porto Velho, na noite desta \n quarta-feira, 19 homens vindos do Amazonas e outros 22 do Maranhão.nbsp; \n Frutas, verduras, legumes, gás de cozinha, combustíveis e medicamentos \n são prioridade total. Infelizmente, teremos que barrar as outras \n cargas, alertou o inspetor-chefe da PRF-RO, Alvarez de Souza Simões. Os\n caminhões terão parada obrigatória no posto fiscal, na saída da cidade,\n para análise do que é, de fato, essencial para evitar colapso no \n abastecimento às cidades de destino.
\n \t Um helicóptero enviado pelo governo federal e embarcações com \n capacidade de transbordar até 4,5 mil quilos serão deslocados para \n evitar o desabastecimento nas comunidades agrícolas à margem da rodovia.\n Oito empresasnbsp; de guinchos, que cobravam de R$ 60 a R$ 150 para \n transportar veículos em apenas 4 quilômetros de rodovia alagada, foram \n obrigadas a encerrar suas atividades.
\n \t Enquanto as obras são executadas, bombeiros do Acre e Rondônia \n receberão o reforço de militares da Força Nacional para selecionar as \n cargas prioritárias. Devem desembarcar em Porto Velho, na noite desta \n quarta-feira, 19 homens vindos do Amazonas e outros 22 do Maranhão.nbsp; \n Frutas, verduras, legumes, gás de cozinha, combustíveis e medicamentos \n são prioridade total. Infelizmente, teremos que barrar as outras \n cargas, alertou o inspetor-chefe da PRF-RO, Alvarez de Souza Simões. Os\n caminhões terão parada obrigatória no posto fiscal, na saída da cidade,\n para análise do que é, de fato, essencial para evitar colapso no \n abastecimento às cidades de destino.
\n \t Um helicóptero enviado pelo governo federal e embarcações com \n capacidade de transbordar até 4,5 mil quilos serão deslocados para \n evitar o desabastecimento nas comunidades agrícolas à margem da rodovia.\n Oito empresasnbsp; de guinchos, que cobravam de R$ 60 a R$ 150 para \n transportar veículos em apenas 4 quilômetros de rodovia alagada, foram \n obrigadas a encerrar suas atividades.