UOL/PCS
Alguns evangélicos bolsonaristas que estavam nos atos terroristas do dia 8 de janeiro, que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília (DF), relataram em depoimentos à Polícia Federal que igrejas de diversos estados do País custearam ônibus e organizaram caravanas.
De acordo com o colunista Aguirre Talento, do UOL, a documentação inédita continua sendo analisada pela PF, para que as investigações se aprofundem sobre os financiadores e organizadores dos atos antidemocráticos.
Pelo menos cinco pessoas presas no acampamento montado no quartel-general do Exército afirmaram à corporação que igrejas evangélicas financiaram os atos. Já outros relatam a participação de empresários e que até receberam doações para que viajassem a Brasília.
Porém essas pessoas evitaram fornecer mais detalhes sobre os financiadores.
Inquérito policial
Vale informar que a PF abriu um inquérito após o dia 8 de janeiro para identificar as pessoas que custearam as caravanas com destino a Brasília. Essas pessoas que prestaram depoimentos tiveram os seus celulares apreendidos, o que deve auxiliar a corporação a aprofundar as informações fornecidas por eles.
Além disso, a investigação analisa quebra de sigilo bancário e relatórios de movimentação financeira dos contratantes dos ônibus.
Os atos democráticos resultaram na prisão de mais de 1.800 pessoas. Depois de prestarem depoimentos e serem submetidas a audiências de custódia, cerca de 1.400 seguem detidas.
Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a soltura de 1.000 presos.